Em artigo intitulado “O Grande Salto para o Atraso”, publicado nesta quinta-feira (07/11/2024) no jornal Tribuna da Bahia, o escritor e colunista Joaci Góes abordou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao recente processo eleitoral dos Estados Unidos. No artigo, Góes discute o apoio público de Lula à candidata Kamala Harris, o que, segundo ele, indica uma oposição não declarada à figura de Donald Trump, eleito para o próximo mandato presidencial. Góes afirma que a manifestação do presidente brasileiro foi inoportuna e motivada por uma visão diplomática influenciada por ideologias de um “terceiro-mundismo” que, em sua visão, ainda persistem em parte do corpo diplomático brasileiro.
Influência de Aconselhamentos Internos
Para Góes, o posicionamento de Lula foi moldado por um grupo restrito de conselheiros ideológicos que, segundo ele, baseiam suas estratégias em uma interpretação utópica do cenário internacional. Esse grupo, com visão ideológica de países em desenvolvimento, teria assegurado a Lula que a vitória de Harris era praticamente certa, o que teria levado o presidente a desconsiderar as implicações diplomáticas de seu apoio explícito. “Essa postura é reflexo de um pensamento ilusório”, diz Góes, destacando que a declaração presidencial foi recebida com surpresa tanto pelos seus apoiadores quanto pela comunidade internacional.
Impacto no Cenário Interno Brasileiro
Góes sugere que a posição de Lula é influenciada pelo desejo de fortalecer seu poder interno em vez de se preocupar com a construção de um legado nacional de longo prazo. Para o colunista, o atual presidente estaria mais interessado em vencer as próximas eleições presidenciais do que em promover reformas estruturais que garantam progresso para futuras gerações. “Nosso presidente age exclusivamente com o intuito de preservar o poder”, afirma o autor, mencionando que Lula se diferencia de estadistas históricos, como Winston Churchill, que, segundo Góes, pensavam nas futuras gerações ao definir suas estratégias.
Relação com Regimes Autoritários
Outro ponto de crítica de Góes é o alinhamento de Lula com regimes autoritários, como Rússia e China, em detrimento de um diálogo mais próximo com as democracias ocidentais. Góes avalia que essa aproximação coloca o Brasil em uma posição diplomática isolada, dificultando futuras parcerias com potências democráticas lideradas pelos Estados Unidos e pela Europa. O colunista acredita que a política externa de Lula favorece o que ele denomina a “vanguarda do atraso”, afastando o Brasil de valores democráticos e direitos humanos.
Crítica à Mensagem de Felicitação a Trump
Ao final do artigo, Joaci Góes destaca a mensagem de felicitação enviada por Lula a Trump após sua vitória eleitoral. O colunista descreve a comunicação como “pífio” e aponta que, ao manter o tom mínimo de diplomacia, a declaração demonstra o desconforto do presidente brasileiro diante do novo cenário. “Os meninos do ENEM fariam melhor”, pontua Góes, em crítica à simplicidade do comunicado oficial.
Desconexão entre Potencial e Realidade do Brasil
Na conclusão, Góes argumenta que as recentes escolhas diplomáticas do Brasil contrastam com seu potencial econômico e social. Em sua análise, ele defende que o país poderia estar mais alinhado com nações ocidentais e democráticas, mas que, sob a liderança de Lula, tem optado por uma trajetória que limita o desenvolvimento em áreas estratégicas. Segundo Góes, o Brasil, com recursos abundantes e uma posição geopolítica de destaque, estaria perdendo oportunidades para se consolidar como potência global.
Principais Dados da Abordagem de Joaci Góes
- Posicionamento Internacional e Declaração Controversa:
- Lula declara apoio à candidata Kamala Harris nas eleições dos EUA, gerando surpresa e críticas.
- O apoio reflete uma oposição a Donald Trump, eleito pelo povo americano.
- Influência de Conselheiros Ideológicos:
- Assessores influenciam o posicionamento de Lula com uma visão ideológica “terceiro-mundista”.
- O grupo teria subestimado a vitória de Trump e encorajado Lula a declarar apoio público a Harris.
- Prioridades Políticas Internas de Lula:
- Góes sugere que Lula foca na manutenção de poder ao invés de planejar a longo prazo.
- Comparação com Churchill evidencia visão de Góes sobre a falta de foco em gerações futuras.
- Alinhamento com Regimes Autoritários:
- Lula estaria se aproximando de China e Rússia, distanciando-se das democracias ocidentais.
- Esse alinhamento comprometeria o potencial do Brasil em parcerias com países democráticos.
- Comunicação Diplomática com Donald Trump:
- Lula envia mensagem de felicitação considerada “pífio” após vitória de Trump.
- A simplicidade do comunicado é interpretada como um reflexo de desconforto.
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Desconexão entre Potencial e Realidade Brasileira:
- Góes afirma que o Brasil, sob a liderança de Lula, não está aproveitando seu potencial.
- O país, com abundantes recursos, teria oportunidades para avançar como potência global.
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