Ex-deputado João Roma critica indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e aponta irregularidades no processo que apura suposta tentativa de Golpe de Estado 

João Roma, presidente do PL na Bahia, acusou a Polícia Federal e o STF de conduzirem uma perseguição política contra Jair Bolsonaro no caso do indiciamento por tentativa de golpe de Estado. Ele questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, sugerindo irregularidades e parcialidade no processo judicial.
Ex-ministro da Cidadania João Roma alega perseguição política contra ex-presidente Jair Bolsonaro e questiona conduta do ministro do STF Alexandre de Moraes.

O ex-ministro da Cidadania e atual presidente do PL na Bahia, João Roma, criticou nesta segunda-feira (25/11/2024) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, em decorrência de alegações de tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à Rádio A Tarde FM, Roma afirmou que há perseguição política e irregularidades no processo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Acusações de parcialidade no STF

João Roma argumentou que a atuação de Moraes no caso tem desrespeitado o rito processual e sugeriu que o ministro age com viés pessoal contra Bolsonaro. “Causa revolta o grau de perseguição em cima do presidente Bolsonaro. Da maneira que o ministro Alexandre de Moraes faz, parece que ele é motivado por um passionalismo de querer punir Bolsonaro. Ele faz isso com tal sanha que começa a desmerecer todo o rito processual”, declarou o ex-ministro.

Segundo Roma, o ministro estaria utilizando métodos que fragilizam a segurança jurídica e comprometem a imparcialidade do sistema judicial. Ele citou um artigo publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que questiona a posição de Moraes como suposta vítima e, simultaneamente, gestor do processo. “Até um veículo como o Estadão diz hoje que o Alexandre de Moraes não pode ao mesmo tempo ser vítima e fazer todas as medidas de um processo”, enfatizou.

Críticas ao tratamento do caso Cid

Roma também mencionou o tratamento dado ao tenente-coronel Mauro Cid, apontando supostas irregularidades nas oitivas conduzidas no âmbito do processo. Segundo ele, o magistrado estaria pressionando testemunhas a confirmarem narrativas pré-estabelecidas. “Pega o tenente-coronel Cid e coloca-o numa sala. Ele dá o depoimento dele, e simplesmente o juiz que é para ouvir o seu depoimento diz: ‘não é isso, nós já sabemos como é’. Quer simplesmente que ele confirme uma narrativa estabelecida dentro da cabeça, já pré-julgando. Esse não é o papel de um magistrado”, afirmou.

Comparação com a Operação Lava Jato

O ex-ministro comparou o processo atual ao desmantelamento da Operação Lava Jato, criticando o que chamou de “dois pesos e duas medidas”. Para Roma, os mesmos agentes que invalidaram os atos da Lava Jato agora estão à frente de procedimentos que violam os princípios de legalidade. “Se se questiona que no passado a Operação Lava Jato foi praticamente anulada em tudo, o que ocorre hoje é muito pior, pois está na instância máxima todos os pré-requisitos de nulidade processual”, concluiu.

Divergências em torno de atentados

João Roma também fez referência ao suposto plano de atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, questionando a falta de transparência da Polícia Federal na condução do caso. Ele comparou a situação à facada sofrida por Bolsonaro em 2018, afirmando que o episódio não recebeu a investigação devida.

“Diferente do atentado que realmente ocorreu com o presidente Bolsonaro e não teve a devida investigação, no caso do suposto plano, a Polícia Federal agora utiliza de todos os meios sem nenhuma transparência para desenvolver uma narrativa”, declarou.


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