Nova Comissão Europeia de Ursula von der Leyen é confirmada pelo Parlamento

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante o discurso de apresentação da nova Comissão Europeia, que recebeu aprovação final dos eurodeputados.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante o discurso de apresentação da nova Comissão Europeia, que recebeu aprovação final dos eurodeputados.

A nova Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, recebeu a aprovação final do Parlamento Europeu na quarta-feira, 27 de novembro de 2024, com 370 votos a favor, 282 contra e 36 abstenções. A confirmação permitirá que o novo executivo da União Europeia inicie suas funções a partir de 1º de dezembro, marcando o início de um novo ciclo legislativo de cinco anos.

Em seu discurso de apresentação, Ursula von der Leyen enfatizou os objetivos principais da Comissão, que incluem o relançamento da economia da União Europeia, a promoção da competitividade, a redução da burocracia e o estímulo ao investimento. Ela destacou, ainda, a necessidade de diminuir a disparidade em inovação em relação aos Estados Unidos e à China. Além disso, a Comissão se concentrará em questões como apoio à Ucrânia, defesa, gestão de fluxos migratórios, alargamento da União Europeia, ação climática, reforma orçamental e defesa do Estado de direito.

Apesar do apoio substancial, a aprovação final foi inferior à obtida em julho, quando von der Leyen foi reeleita para a presidência da Comissão Europeia, quando obteve 401 votos a favor. A diferença nos números reflete uma redução na maioria, com uma maior presença de forças políticas de direita e menor apoio de progressistas. Essa mudança pode ser atribuída a disputas partidárias intensas, especialmente durante as audiências de confirmação dos novos comissários.

Um dos principais pontos de conflito foi a nomeação de Teresa Ribera para o cargo de Comissária para a Transição Limpa, Justa e Competitiva, que enfrentou críticas do Partido Popular Europeu (PPE), principalmente devido à sua gestão durante as inundações em Valência. Embora Ribera tenha defendido sua atuação, as críticas geraram um ambiente de confronto político. Também houve resistência à nomeação de Raffaele Fitto para o cargo de vice-presidente executivo, com acusações de ligações perigosas à extrema-direita. Da mesma forma, a nomeação de Olivér Várhelyi para o cargo de Comissário de Saúde e Bem-Estar Animal gerou controvérsias, em parte devido à sua relação com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.

O Parlamento Europeu experimentou uma divisão interna acentuada, refletindo o impacto das negociações partidárias. Grupos como o PPE, os Socialistas e Democratas (S&D) e os liberais do Renew Europe tentaram encontrar um ponto de equilíbrio em uma coalizão centrista, enquanto o grupo dos Verdes, que apoiaram a reeleição de von der Leyen, se dividiu em relação às novas nomeações. Alguns membros criticaram a inclusão de Fitto e Várhelyi, mas o grupo se comprometeu a manter uma postura construtiva.

Em seu discurso de encerramento, von der Leyen reconheceu as tensões políticas e destacou a importância da unidade no Parlamento Europeu. Ela pediu aos membros dos partidos pró-europeus que trabalhassem juntos para superar as divisões e avançar com os objetivos da Comissão. “Agora é hora de nos unirmos”, concluiu, destacando o compromisso da Comissão com todos os cidadãos europeus.

*Com informações da Euronews.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.