Neste sábado (16/11/2024), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro, marcando uma etapa inédita na história do fórum global. Pela primeira vez, a sociedade civil foi integrada formalmente aos debates, contribuindo para a construção de um novo pilar social no grupo, que tradicionalmente concentra-se em questões políticas e econômicas.
Em discurso, o presidente enfatizou a importância dessa inovação: “Ao longo deste ano, o grupo ganhou um terceiro pilar: o pilar social, construído por vocês. Aqui tomam forma a expressão e a vontade coletiva, motivadas pela busca de um mundo mais democrático, justo e diverso.” O evento precede a Cúpula de Líderes do G20, que ocorrerá em 18 e 19 de novembro, com o Brasil na presidência rotativa.
Demandas da Sociedade Civil
O G20 Social reuniu mais de 50 mil participantes durante três dias de atividades, resultando em um documento final consolidado. Entre as principais propostas, destacam-se a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, a tributação de super-ricos, o compromisso com a transição energética e a reforma da governança global, incluindo mudanças no Conselho de Segurança da ONU.
Construído com a contribuição de grupos historicamente marginalizados, como mulheres, negros, indígenas e trabalhadores informais, o documento exige maior participação desses segmentos nas instâncias de decisão global. Segundo Lula, essas propostas serão levadas à Cúpula de Líderes e discutidas com a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 em 2025.
Compromisso Internacional e Local
O ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, elogiou a iniciativa brasileira e reforçou o compromisso de seu país em continuar envolvendo a sociedade civil no fórum. Já Tawakkol Karman, ativista e Nobel da Paz, destacou a necessidade de redução das desigualdades globais e do fortalecimento da democracia para garantir a paz.
O evento também apontou para desafios globais como mudanças climáticas, propondo a criação de um fundo internacional para financiar ações de conservação ambiental e inclusão produtiva de comunidades locais.
Legado do G20 Social
Ao final, Lula destacou o impacto do G20 Social na construção de políticas globais mais inclusivas: “Espero que esse pilar social do G20 continue nos próximos anos, abrindo cada vez mais nossas discussões para o engajamento da cidadania.” O presidente ainda convidou os movimentos sociais a participarem ativamente da Cúpula do BRICS e da COP 30, eventos que o Brasil sediará em 2025.
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