Eleições de 2026: Cenário político nacional e desafios para o futuro são analisados pelo pesquisador Joaci Góes

Reunião do presidente Lula com ministros, realizada no dia 20 de dezembro de 2024, o Palácio da Alvorada.
Reunião do presidente Lula com ministros, realizada no dia 20 de dezembro de 2024, o Palácio da Alvorada.

A percepção predominante em diversas regiões do Brasil é que o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um impasse significativo, marcado por uma sensação generalizada de paralisia administrativa e descontentamento popular. Esse cenário é agravado por dificuldades em negociar com um Congresso focado prioritariamente na garantia da reeleição de seus integrantes. A comparação entre os discursos natalinos de 2023 e 2024 reflete essa situação, com o mais recente sendo criticado por seu tom populista e falta de conteúdo substancial, avalia Joaci Góes, escritor e pesquisador, ao publicar artigo nesta quinta-feira (26/12/2024) no Jornal Tribuna da Bahia.

Cenário eleitoral de 2026 e os reflexos na popularidade presidencial

O declínio gradual da popularidade de Lula tem levado os aliados do governo a cogitar, de maneira mais aberta, a necessidade de preparar um sucessor para 2026. Esse movimento é intensificado pelas preocupações crescentes com as condições físicas e cognitivas do presidente, que evocam comparações com situações semelhantes em outros países, como os Estados Unidos. Além disso, a emergência de lideranças oposicionistas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o impacto das investigações sobre a elegibilidade de Jair Bolsonaro, tornam o ambiente eleitoral ainda mais complexo.

Dilemas da diplomacia brasileira no cenário internacional

No âmbito internacional, o Brasil enfrenta uma crise de credibilidade sem precedentes, atribuída a uma série de erros diplomáticos do governo Lula. Entre os fatores destacados, está o alinhamento com regimes controversos como Venezuela, Cuba, e Irã, e a relação conflituosa com aliados tradicionais do Ocidente, incluindo a OTAN e os Estados Unidos.

A rejeição à tentativa de Lula de mediar o conflito entre Rússia e Ucrânia, somada à declaração de apoio ao BRICS para reduzir a influência do dólar, aumentou o isolamento diplomático do país.

Repercussões internas e o papel da opinião pública

A crítica à gestão federal também se reflete na percepção de que as oportunidades econômicas do Brasil são subaproveitadas. Para muitos analistas, a incapacidade de conduzir reformas estruturais e as seguidas crises de gestão colocam o país em uma posição de vulnerabilidade que contrasta com seu potencial econômico e geopolítico, conclui Joaci Góes.


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