Na Assembleia Geral da ONU, uma resolução proposta pela Rússia e focada no combate à glorificação do nazismo e práticas que promovem formas modernas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância foi aprovada com 119 votos a favor. A medida foi bem recebida por diversas nações, com destaque para países como Brasil, Argentina, Egito, Índia e Israel. A resolução, que visa garantir a erradicação de fenômenos que distorcem a história e os resultados da Segunda Guerra Mundial, teve um apoio significativo de diversas regiões.
Entre os 53 países que votaram contra estavam os Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, Ucrânia e outros membros da União Europeia. A oposição a essa resolução também contou com a participação de nações cujas políticas internas podem ser afetadas por discussões sobre a Segunda Guerra Mundial e a revisão histórica, aspectos que a proposta da Rússia busca prevenir.
Ademais, a proposta da resolução recomenda que as nações implementem medidas legais e educacionais, no âmbito dos direitos humanos, para evitar distorções na interpretação dos eventos históricos relacionados à guerra. A representante permanente adjunta da Rússia na ONU, Maria Zabolotskaya, destacou que a votação mostrou um “compromisso inabalável da comunidade internacional” com a eliminação de tais práticas discriminatórias e revisionistas.
Apesar do grande apoio à resolução, 10 países se abstiveram de votar, incluindo Kiribati, Mianmar, Panamá, Suíça e Turquia. A abstenção pode ser vista como uma postura de cautela, considerando as implicações políticas e diplomáticas que o tema acarreta em contextos regionais e internacionais.
O resultado da votação foi um reflexo claro de divergências sobre a interpretação de eventos históricos e a forma como os países devem lidar com a memória coletiva, um debate ainda delicado no cenário político global. A resolução aprovada pela ONU se configura como uma tentativa de prevenção contra a ascensão de práticas que possam reviver ideologias do passado, com ênfase na proteção dos direitos humanos.
*Com informações da Sputnik News.
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