Presidente Lula promete muito em meio a sinais de estagflação e carestia do Brasil; Proselitismo marca encontro com a imprensa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou estar totalmente recuperado e pronto para retomar sua agenda de viagens pelo Brasil. Ele destacou avanços econômicos e sociais alcançados nos dois primeiros anos de governo e ressaltou a importância da "colheita" das políticas implementadas. Entre os temas abordados, mencionou a geração de empregos, o crescimento do PIB, investimentos em infraestrutura e a segurança alimentar. O mandatário também enfatizou o papel do Brasil na produção global de alimentos e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento do país até 2026.
Presidente Lula afirma estar recuperado e preparado para percorrer o país, destacando avanços econômicos, sociais e estruturais. Realidade da gestão é negativa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30/01/2025) que está plenamente recuperado e pronto para retomar a agenda de viagens pelo país. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula destacou que recebeu autorização médica para retomar suas atividades normais após o acidente sofrido em Brasília no final do ano passado. O chefe do Executivo ressaltou que este será um ano fundamental para a consolidação das políticas públicas iniciadas nos dois primeiros anos de governo.

O presidente Lula tem feito promessas ambiciosas em um momento em que o Brasil enfrenta desafios econômicos, como inflação persistente, crescimento lento e o alto custo de vida que afeta a população mais pobre.

Em meio a sinais de estagflação e episódios de carestia, ele reforça seu compromisso com políticas sociais e investimentos para estimular a economia, mas sem apresentar soluções concretas para equilibrar as contas públicas e conter a alta dos preços.

Durante seu mais recente encontro com a imprensa, o tom do discurso foi marcado por proselitismo, destacando conquistas e culpando fatores externos pelos desafios atuais, enquanto evita abordar medidas impopulares que poderiam trazer maior estabilidade fiscal e monetária ao país.

O que disse o presidente Lula aos jornalistas

Retomada das atividades e o planejamento do governo

Ao discursar para jornalistas, Lula enfatizou que sua recuperação lhe permite agora um envolvimento mais direto na supervisão das políticas governamentais em curso. O presidente ressaltou a necessidade de viajar pelo país para acompanhar a execução dos projetos e dialogar com a população.

“É o ano da colheita de tudo o que foi plantado nos dois primeiros anos. Houve uma reconstrução para que o país voltasse a funcionar, a ser respeitado internacionalmente e a ter relevância no cenário político global”, declarou Lula.

Segundo ele, este é o momento de intensificar os investimentos em infraestrutura, educação, saúde e habitação, setores considerados estratégicos para garantir avanços econômicos e sociais.

Indicadores econômicos e avanços sociais

Durante a coletiva, o presidente destacou indicadores positivos de sua gestão, como o crescimento do PIB acima de 3%, a geração de empregos, o aumento real do salário mínimo e a retomada de programas habitacionais. Ele citou ainda a ampliação dos investimentos em infraestrutura, com a realização de 41 licitações para rodovias, em comparação às seis conduzidas pela administração anterior.

“O que fizemos e vamos fazer na saúde, na educação, no transporte… Vocês sabem que em dois anos já fizemos o dobro do que foi feito em quatro no governo passado?”, questionou o presidente, ressaltando a diferença nos investimentos.

Desafios na segurança alimentar e combate à inflação

No setor alimentar, o presidente destacou a necessidade de ampliar a produção agrícola sem intervenções no mercado.

“O objetivo é garantir que os recursos destinados à população não sejam corroídos pela inflação dos alimentos”, disse.

Ele enfatizou o papel da agricultura familiar na segurança alimentar e a importância do financiamento para modernização da produção.

Lula também abordou a relevância do Brasil no mercado global de alimentos, mencionando a abertura de 300 novos mercados internacionais nos últimos dois anos.

“O Brasil se consolidou como celeiro do mundo. Nosso objetivo é continuar expandindo nossas exportações e garantir que a população tenha acesso a uma alimentação adequada”, afirmou.

Expectativas para o restante do mandato

O presidente finalizou reafirmando seu compromisso com a melhoria das condições de vida da população até o fim do mandato.

“Entregarei um país com mais acesso à educação, ao trabalho e à alimentação”, concluiu.

Sinais de Estagflação e Carestia

A economia do Brasil enfrenta, em diferentes momentos, tanto elementos de estagflação quanto de carestia, mas não de forma contínua. O país tem um histórico de inflação alta, crescimento instável e problemas estruturais que afetam o custo de vida da população.

Atualmente, o Brasil sofre mais com o quê?

  1. Inflação persistente, mas sem recessão profunda
    • O Brasil frequentemente enfrenta inflação elevada, impulsionada por fatores como aumento do preço dos combustíveis, energia elétrica e alimentos.
    • No entanto, o crescimento econômico oscila, mas não necessariamente entra em recessão prolongada, o que diferencia do cenário clássico de estagflação.
  2. Carestia em momentos específicos
    • Em períodos de crise, os preços de itens essenciais, como arroz, feijão, carne e combustíveis, sobem muito, gerando carestia para a população de baixa renda.
    • Isso aconteceu, por exemplo, na pandemia de 2020-2021, quando a inflação dos alimentos disparou e o poder de compra caiu.
  3. Problemas estruturais
    • O Brasil tem um histórico de baixo crescimento, burocracia e alta carga tributária, o que impede um desenvolvimento econômico mais sustentável.
    • Choques externos, como crises internacionais e mudanças no preço das commodities, afetam diretamente a economia.

Então, o Brasil vive estagflação?

Não necessariamente. Para haver estagflação, precisaríamos ter uma recessão severa junto com inflação alta. O Brasil já enfrentou momentos parecidos, como nos anos 1980 e início dos 1990, quando a hiperinflação paralisava a economia. Hoje, o país ainda tem crescimento, embora lento, e o desemprego vem diminuindo.

O que pode acontecer nos próximos anos?

  • Se o Brasil não controlar a inflação e o crescimento cair, o risco de estagflação aumenta.
  • Se os preços dos alimentos e combustíveis subirem muito sem controle, mais pessoas sentirão a carestia no dia a dia.
  • Reformas econômicas, investimento e controle fiscal são essenciais para evitar esses cenários.

Confira vídeo


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