O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (30/01/2025) que está plenamente recuperado e pronto para retomar a agenda de viagens pelo país. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Lula destacou que recebeu autorização médica para retomar suas atividades normais após o acidente sofrido em Brasília no final do ano passado. O chefe do Executivo ressaltou que este será um ano fundamental para a consolidação das políticas públicas iniciadas nos dois primeiros anos de governo.
O presidente Lula tem feito promessas ambiciosas em um momento em que o Brasil enfrenta desafios econômicos, como inflação persistente, crescimento lento e o alto custo de vida que afeta a população mais pobre.
Em meio a sinais de estagflação e episódios de carestia, ele reforça seu compromisso com políticas sociais e investimentos para estimular a economia, mas sem apresentar soluções concretas para equilibrar as contas públicas e conter a alta dos preços.
Durante seu mais recente encontro com a imprensa, o tom do discurso foi marcado por proselitismo, destacando conquistas e culpando fatores externos pelos desafios atuais, enquanto evita abordar medidas impopulares que poderiam trazer maior estabilidade fiscal e monetária ao país.
O que disse o presidente Lula aos jornalistas
Retomada das atividades e o planejamento do governo
Ao discursar para jornalistas, Lula enfatizou que sua recuperação lhe permite agora um envolvimento mais direto na supervisão das políticas governamentais em curso. O presidente ressaltou a necessidade de viajar pelo país para acompanhar a execução dos projetos e dialogar com a população.
“É o ano da colheita de tudo o que foi plantado nos dois primeiros anos. Houve uma reconstrução para que o país voltasse a funcionar, a ser respeitado internacionalmente e a ter relevância no cenário político global”, declarou Lula.
Segundo ele, este é o momento de intensificar os investimentos em infraestrutura, educação, saúde e habitação, setores considerados estratégicos para garantir avanços econômicos e sociais.
Indicadores econômicos e avanços sociais
Durante a coletiva, o presidente destacou indicadores positivos de sua gestão, como o crescimento do PIB acima de 3%, a geração de empregos, o aumento real do salário mínimo e a retomada de programas habitacionais. Ele citou ainda a ampliação dos investimentos em infraestrutura, com a realização de 41 licitações para rodovias, em comparação às seis conduzidas pela administração anterior.
“O que fizemos e vamos fazer na saúde, na educação, no transporte… Vocês sabem que em dois anos já fizemos o dobro do que foi feito em quatro no governo passado?”, questionou o presidente, ressaltando a diferença nos investimentos.
Desafios na segurança alimentar e combate à inflação
No setor alimentar, o presidente destacou a necessidade de ampliar a produção agrícola sem intervenções no mercado.
“O objetivo é garantir que os recursos destinados à população não sejam corroídos pela inflação dos alimentos”, disse.
Ele enfatizou o papel da agricultura familiar na segurança alimentar e a importância do financiamento para modernização da produção.
Lula também abordou a relevância do Brasil no mercado global de alimentos, mencionando a abertura de 300 novos mercados internacionais nos últimos dois anos.
“O Brasil se consolidou como celeiro do mundo. Nosso objetivo é continuar expandindo nossas exportações e garantir que a população tenha acesso a uma alimentação adequada”, afirmou.
Expectativas para o restante do mandato
O presidente finalizou reafirmando seu compromisso com a melhoria das condições de vida da população até o fim do mandato.
“Entregarei um país com mais acesso à educação, ao trabalho e à alimentação”, concluiu.
Sinais de Estagflação e Carestia
A economia do Brasil enfrenta, em diferentes momentos, tanto elementos de estagflação quanto de carestia, mas não de forma contínua. O país tem um histórico de inflação alta, crescimento instável e problemas estruturais que afetam o custo de vida da população.
Atualmente, o Brasil sofre mais com o quê?
- Inflação persistente, mas sem recessão profunda
- O Brasil frequentemente enfrenta inflação elevada, impulsionada por fatores como aumento do preço dos combustíveis, energia elétrica e alimentos.
- No entanto, o crescimento econômico oscila, mas não necessariamente entra em recessão prolongada, o que diferencia do cenário clássico de estagflação.
- Carestia em momentos específicos
- Em períodos de crise, os preços de itens essenciais, como arroz, feijão, carne e combustíveis, sobem muito, gerando carestia para a população de baixa renda.
- Isso aconteceu, por exemplo, na pandemia de 2020-2021, quando a inflação dos alimentos disparou e o poder de compra caiu.
- Problemas estruturais
- O Brasil tem um histórico de baixo crescimento, burocracia e alta carga tributária, o que impede um desenvolvimento econômico mais sustentável.
- Choques externos, como crises internacionais e mudanças no preço das commodities, afetam diretamente a economia.
Então, o Brasil vive estagflação?
Não necessariamente. Para haver estagflação, precisaríamos ter uma recessão severa junto com inflação alta. O Brasil já enfrentou momentos parecidos, como nos anos 1980 e início dos 1990, quando a hiperinflação paralisava a economia. Hoje, o país ainda tem crescimento, embora lento, e o desemprego vem diminuindo.
O que pode acontecer nos próximos anos?
- Se o Brasil não controlar a inflação e o crescimento cair, o risco de estagflação aumenta.
- Se os preços dos alimentos e combustíveis subirem muito sem controle, mais pessoas sentirão a carestia no dia a dia.
- Reformas econômicas, investimento e controle fiscal são essenciais para evitar esses cenários.
Confira vídeo
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