A economia argentina atravessa um período de transformações sob a liderança do presidente Javier Milei. As medidas implementadas visam estabilizar um cenário marcado por décadas de instabilidade econômica e inflação elevada.
Inflação e Política Monetária
Em 2024, a Argentina registrou uma inflação anual de 117,8%, uma redução expressiva em comparação aos 211,4% de 2023. O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Olivier Gourinchas, destacou essa redução como um avanço significativo, mas alertou para desafios remanescentes, como a necessidade de consolidar a estabilidade econômica e restaurar a confiança dos mercados.
Crescimento Econômico
A economia argentina enfrentou uma contração de 2,8% em 2024, resultado das medidas de ajuste fiscal e do impacto inicial das reformas estruturais. No entanto, projeções indicam um crescimento de 5% para 2025 e 2026, impulsionado por um aumento nos salários reais e pela recuperação da atividade econômica. Esse cenário reflete uma retomada gradual, favorecida pelo reaquecimento do consumo e dos investimentos.
Reformas Estruturais
Desde o início do mandato, Milei adotou um conjunto de reformas econômicas profundas, incluindo cortes expressivos nos gastos públicos, redução de subsídios e desregulamentação de setores estratégicos. Essas medidas resultaram na eliminação do déficit fiscal em 2024, um marco significativo para a economia argentina. A redução da intervenção estatal também busca atrair investimentos privados e fortalecer a competitividade do país no mercado internacional.
Desafios Sociais
Apesar dos avanços na gestão fiscal, os impactos sociais das reformas são evidentes. A taxa de pobreza alcançou 52,9% no primeiro semestre de 2024, o maior nível desde 2003. Especialistas atribuem esse aumento ao impacto imediato das medidas de austeridade e à inflação ainda elevada, que reduziu o poder de compra da população.
Perspectivas Futuras
As reformas econômicas implementadas têm sido bem recebidas por investidores internacionais e pelo FMI, que destacam a necessidade de ajustes estruturais para garantir a sustentabilidade fiscal do país. No entanto, desafios persistem, como o equilíbrio entre austeridade e proteção social, a redução da pobreza e a manutenção da estabilidade política.
A Argentina encontra-se em um momento decisivo, buscando consolidar uma recuperação econômica sustentável enquanto enfrenta os efeitos colaterais das reformas estruturais. O sucesso dessas medidas dependerá da capacidade do governo de manter a estabilidade econômica sem comprometer o bem-estar da população.
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