O deputado estadual Manuel Rocha (União Brasil), presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), criticou neste sábado (29/03/2025) as declarações da secretária de Políticas para Mulheres do Estado da Bahia, Neusa Cadore, que, em vídeo divulgado nas redes sociais, manifestou-se contra o capitalismo e o agronegócio, com incentivo explícito ao confronto entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o setor produtivo.
Declarações consideradas preocupantes
Manuel Rocha classificou como grave o fato de as declarações partirem de uma autoridade do Executivo estadual. Segundo ele, ao ser proferida por uma secretária de Estado, a fala ganha status institucional, o que representa uma ameaça ao diálogo democrático e à segurança no campo.
“Lamentamos e repudiamos profundamente esse tipo de discurso. O mais grave é que ele tenha sido proferido por uma secretária de Estado, o que institucionaliza uma visão equivocada e perigosa. O agronegócio é essencial para a Bahia e para o Brasil. Estimular conflitos entre movimentos e o setor produtivo é inadmissível e representa um retrocesso no debate democrático e na promoção da paz no campo”, afirmou Rocha.
Agronegócio como pilar da economia baiana
O parlamentar destacou que o agronegócio representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, consolidando-se como motor de geração de empregos, renda e segurança alimentar. Rocha argumentou que, ao contrário do que foi sugerido no vídeo da secretária, o setor tem papel estratégico para o desenvolvimento regional e nacional.
“Os países mais desenvolvidos do mundo avançaram justamente com base em políticas que estimularam o crescimento econômico, o empreendedorismo e a produção. O agronegócio brasileiro é exemplo de eficiência e inovação, e não pode ser atacado por discursos ideológicos desconectados da realidade”, afirmou.
Integração entre agricultura familiar e agronegócio
Rocha também enfatizou que não há antagonismo entre a agricultura familiar e o agronegócio, classificando ambos como segmentos complementares da produção rural. Ele defendeu políticas públicas que fortaleçam simultaneamente os dois modelos produtivos.
“Não existe contradição entre agricultura familiar e o agronegócio. Ambos são fundamentais para o desenvolvimento rural e para a geração de renda nas mais diversas regiões da Bahia. Precisamos incentivar todos os segmentos da produção rural, sempre com responsabilidade, equilíbrio e diálogo”, declarou.
Invasões de terra e segurança jurídica
O deputado finalizou sua manifestação com críticas às invasões de terras ocorridas em diversas regiões do estado, especialmente no Extremo Sul da Bahia. Para ele, tais ações fragilizam a segurança jurídica, um dos pilares do ambiente de negócios e da garantia do direito à propriedade privada.
“Invasões de propriedade não podem ser toleradas. São atos ilegais que comprometem a segurança jurídica e o direito à propriedade, pilares fundamentais do nosso Estado Democrático de Direito. É preciso combater essas ações com veemência, sob pena de enfraquecermos a confiança em investir, produzir e gerar empregos na Bahia”, concluiu.
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Uma resposta
Este Secretario de Agricultura foi pontual, objetivo e verdadeiro… O Agronegócio tem que conviver em harmonia com a familiar. Cada setor tem sua importância na nossa econômico e no cardápio do povo brasileiro… Esta é uma realidade sem fisiologismo ou politicagem…