Bahia discute proteção a defensores de direitos humanos, vítimas e testemunhas no 1º Simpósio Internacional Integrado

Simpósio reuniu autoridades para qualificar os programas de proteção no estado da Bahia.
Simpósio reuniu autoridades para qualificar os programas de proteção no estado da Bahia.

Na quinta-feira (28/03/2025), Salvador sediou o “I Simpósio Internacional Integrado de Qualificação dos Programas de Proteção do Estado da Bahia”, evento que teve como objetivo discutir e aprimorar as políticas de proteção a defensores de direitos humanos, vítimas e testemunhas. A iniciativa foi promovida pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH/ONU) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Programas de Proteção em Foco

Durante o evento, foram abordadas as dificuldades e os avanços de três programas em execução no estado da Bahia: o Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) e o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM). O Secretário da SJDH, Felipe Freitas, destacou a importância de qualificar os programas de proteção e ressaltou os desafios internos e externos enfrentados pelas pessoas envolvidas.

Freitas enfatizou a gravidade das ameaças a vítimas e defensores de direitos humanos.

“Estamos falando de pessoas ameaçadas por organizações criminosas ou por lutarem pelo direito de existir em seus territórios”, declarou o secretário, apontando a ameaça como um reflexo das fragilidades da democracia.

O evento contou com a presença de gestores dos programas e representantes de organismos internacionais, sociedade civil e órgãos públicos. A execução dos programas de proteção é realizada por instituições como IDEAS, IBCM e GAPA, que têm sido essenciais no apoio e gestão dessas políticas públicas.

Violação de direitos e luta por território

A assessora do ACNUDH, Ângela Terto, reforçou a importância de enfrentar as causas estruturais das ameaças, com foco na proteção de povos indígenas, quilombolas e defensores de direitos humanos. Terto ressaltou que o direito à terra está no centro dos conflitos no Brasil, o que coloca em risco a vida de quem luta pela redistribuição de poder e recursos.

A chefe do escritório do CICV em Fortaleza, Caterina Assenti, também abordou a violência armada e os conflitos humanitários, destacando a necessidade de um olhar mais humanitário para as ameaças enfrentadas pelos defensores de direitos humanos.

Participação de autoridades e especialistas

O simpósio contou com a presença de diversas autoridades e especialistas, entre eles Ramiro Rockenbach, procurador do Ministério Público Federal, e Rogério Luís Gomes de Queiroz, promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos. A tenente-coronela Cleyde Milanezi, diretora de Direitos Humanos da Superintendência de Prevenção à Violência (SPREV), também marcou presença, representando a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.

Além disso, participaram Wagner Moreira, da IDEAS Assessoria Popular, padre Alfredo Souza Dória, da IBCM, e Gladys Almeida, do GAPA. A superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJDH, Trícia Calmon, também esteve presente, reforçando o compromisso do Estado na implementação dessas políticas de proteção.


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