O historiador francês Yves Chiron, especialista em história da Igreja contemporânea, previu que o próximo papa da Igreja Católica será europeu e terá uma personalidade mais agregadora do que o atual pontífice, papa Francisco. A análise de Chiron surge um dia após a morte do papa argentino, quando o futuro da Igreja Católica foi novamente tema de debate.
De acordo com Chiron, a escolha do próximo líder religioso da Igreja Católica não deve surpreender, com o futuro papa possivelmente tendo um perfil mais conciliador. “Haverá uma reorientação da Igreja”, afirmou o especialista, em entrevista à RFI. Para ele, o conclave, que ocorrerá após o funeral de Francisco, deve ter como objetivo a escolha de um pontífice mais central, com menos polêmicas internas e que busque maior unidade dentro do Vaticano.
O conclave, que elegerá o sucessor de Francisco, ainda não tem uma data definida, mas, conforme o protocolo da Igreja, a votação deve ocorrer entre 15 e 20 dias após a morte do papa, possivelmente entre 5 a 10 de maio. O evento depende da presença e disponibilidade dos cardeais eleitores, que são responsáveis pela escolha do 267º papa.
Chiron também sugeriu que, após as polêmicas geradas pelo pontificado de Francisco, a Igreja Católica pode optar por um cardeal mais moderado para evitar insatisfações e promover consenso dentro do Vaticano. O historiador ressaltou que a eleição do próximo papa provavelmente não incluirá candidatos de continentes distantes, como foi o caso do próprio Francisco, que se destacou por ser o primeiro papa latino-americano.
O funeral de papa Francisco está previsto para o próximo sábado (26), às 10h (hora local) no Vaticano, seguido pelo sepultamento na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Apenas após esta etapa, os 250 cardeais iniciam o processo do conclave, com 137 cardeais elegíveis com menos de 80 anos.
Entre os nomes que surgem como favoritos para a sucessão de Francisco estão três italianos: Pietro Parolin, atual número 2 do Vaticano, com 70 anos; Pierbattista Pizzaballa, patriarca de Jerusalém, com 60 anos; e Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha, com 69 anos. Também é mencionado o francês Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, com 66 anos. Entre os candidatos não europeus, Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, nas Filipinas, com 67 anos, surge novamente como possível sucessor.
*Com informações da RFI.
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