Artigo de Joaci Góes critica retrocessos do Governo Lula e alerta para risco de colapso fiscal no Brasil

Autor baiano, ex-deputado federal e ex-vice-governador da Bahia, Joaci Góes faz balanço crítico do cenário nacional em artigo publicado na Tribuna da Bahia nesta quarta-feira (01/05/2025), com duras críticas ao governo Lula e à condução das políticas públicas.
Autor baiano, ex-deputado federal e ex-vice-governador da Bahia, Joaci Góes faz balanço crítico do cenário nacional em artigo publicado na Tribuna da Bahia nesta quarta-feira (01/05/2025), com duras críticas ao governo Lula e à condução das políticas públicas.

Em artigo intitulado “Entre o atraso e a estagnação”, publicado na edição desta quinta-feira, 30/04/2025 do jornal Tribuna da Bahia, o escritor e jornalista Joaci Góes traça um panorama contundente da conjuntura política e econômica do Brasil sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O autor sustenta que o país vive um ambiente de retrocesso irreversível, a partir de contradições estruturais e medidas populistas que comprometem as finanças públicas e a credibilidade internacional do governo.

Góes inicia sua análise afirmando que “já não há mais tempo nem esperança de que possamos integrar, no curto prazo, ainda que na rabada, o time das nações mais ricas”, em referência aos países com renda média de US$ 14 mil anuais, segundo o Banco Mundial. Ele lamenta que o Brasil esteja entre as nações menos receptivas a investimentos, vitimado por burocracia, corrupção, má qualidade educacional e saneamento precário.

Violência urbana e criminalidade são destacados como agravantes do quadro nacional. Segundo o articulista, o Brasil sofre com “índices de violência de todos os gêneros”, desde o roubo de celulares, que teria sido estimulado por declarações populistas do próprio presidente, até a expansão do crime organizado em território nacional.

Em tom crítico, o autor afirma que os altos impostos cobrados para financiar “medidas populistas de uma esquerda terceiro-mundista” impõem um sufocante peso fiscal à população. Ele ressalta que esse ciclo se mantém desde o início do terceiro milênio, com exceções nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso (fase final), Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Joaci Góes também acusa o presidente Lula de buscar protagonismo internacional sem respaldo. Segundo ele, a tentativa de se projetar como líder global tem transformado o Brasil em um “pária” diplomático, inclusive entre vizinhos históricos como Argentina e aliados tradicionais como Estados Unidos e Israel. Em suas palavras, “o Brasil vive um inédito desprestígio em seu próprio continente”.

Um dos trechos mais incisivos do artigo aborda a gestão fiscal do atual governo. Góes alerta para o risco de iliquidez das contas públicas já em 2027, caso medidas severas não sejam adotadas de forma imediata. Ele responsabiliza a condução populista do presidente: “Lula tem comprometido as contas públicas brasileiras para assegurar o voto das populações menos esclarecidas”.

O autor ainda dedica parte substancial do texto à denúncia do escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, sob o atual governo, “os mesmos espertalhões que saquearam o Erário nos escândalos do Mensalão e da Lava Jato” retornaram à cena política para praticar novos desvios. O prejuízo, inicialmente estimado em R$ 6,3 bilhões, poderá chegar a R$ 10 bilhões, segundo cálculos mencionados pelo articulista.

Sobre o ministro da Previdência, Carlos Lupi, Joaci afirma que o correto seria afastá-lo temporariamente do cargo até a conclusão das investigações, com possibilidade de retorno apenas em caso de comprovação de inocência.

Na conclusão, o autor sentencia que “o Lula 3 chegou ao fim, 20 meses antes de seu termo legal”, destacando o esgotamento político da gestão. Em tom irônico, encerra mencionando que apenas “a incorporação, pela seleção brasileira de futebol, das vivas cores do PT” poderia “salvar” a imagem do governo.

Pesquisa aponta percepção dividida sobre qualidade de vida em Salvador

Em paralelo ao artigo de Joaci Góes, dados de uma pesquisa online divulgada em dezembro de 2024 pelo Instituto Cidades Sustentáveis revelam uma percepção ambivalente da população sobre a qualidade de vida em Salvador. Segundo o levantamento:

  • 45% dos internautas que vivem na capital baiana consideram que sua qualidade de vida melhorou nos últimos 12 meses;

  • 36% afirmam que permaneceu estável;

  • 18% apontam piora no mesmo período.

Entretanto, o principal problema apontado pelos respondentes é a segurança pública, mencionada por 85% dos participantes como a maior preocupação na cidade.


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