Sexta-feira, 30/05/2025 — A Polícia Civil da Bahia, com o apoio do Ministério Público da Bahia (MPBA) e da Polícia Militar, deflagrou a ‘Operação Convergência’ no município de Eunápolis e cidades vizinhas. O objetivo é desarticular um grupo acusado de homicídios, tráfico de drogas e ataques contra servidores públicos, entre eles o atentado a um diretor do Conjunto Penal local.
Coordenada pela 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (23ª Coorpin/Eunápolis) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/MPBA), a operação tem como foco o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. As diligências se concentram em alvos identificados em inquéritos que apontam a existência de uma estrutura criminosa organizada na região.
Entre os investigados, dois custodiados no Conjunto Penal de Eunápolis foram identificados como membros ativos do grupo criminoso. Ambos são suspeitos de participar diretamente do ataque ao diretor da unidade prisional, episódio que reforçou a urgência da ação integrada entre as forças de segurança.
Integração das forças de segurança
A operação mobiliza efetivos das polícias Civil e Militar, além de promotores do Gaeco, consolidando a atuação coordenada entre instituições de segurança pública. A execução simultânea dos mandados nos municípios de Eunápolis, Porto Seguro e Itabela tem por finalidade neutralizar a atuação do grupo e coletar provas adicionais sobre os crimes sob investigação.
As ações foram planejadas com base em levantamentos realizados ao longo dos últimos meses, com cruzamento de dados de inteligência e interceptações autorizadas judicialmente, o que possibilitou mapear a rede de influência dos envolvidos, mesmo entre os que já se encontravam em regime de detenção.
Criminalidade organizada no extremo sul baiano
A atuação do grupo investigado se insere em um contexto mais amplo de disputas territoriais pelo controle do tráfico de entorpecentes no extremo sul da Bahia. O uso da estrutura penitenciária para a continuidade das práticas criminosas, com ordens emitidas por internos, é um dos aspectos centrais da apuração.
Além dos crimes de homicídio e tráfico, os investigados poderão responder por formação de organização criminosa e tentativa de homicídio qualificado, a depender do avanço das apurações conduzidas pelo Gaeco em conjunto com a Polícia Civil.
Ações futuras e continuidade das investigações
As instituições responsáveis pela operação informaram que os desdobramentos da ‘Operação Convergência’ continuarão nos próximos dias, com possibilidade de novas fases e outras prisões, a depender das provas reunidas a partir das medidas executadas nesta sexta-feira.
O Ministério Público reiterou seu compromisso com o enfrentamento às organizações criminosas e destacou a importância da atuação conjunta com as forças policiais para o êxito das ações repressivas no estado.
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