O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado pelo presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, realizou nesta sexta-feira (18/07/2025) visita técnica às obras da Ferrovia Transnordestina no município de Missão Velha, no interior do Ceará. O empreendimento, considerado estratégico para a logística e o desenvolvimento do Nordeste, está com 75% do trecho principal concluído, segundo informações do consórcio responsável pela execução do projeto.
A obra é financiada por meio de linhas de crédito operadas pelo BNB, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), todos sob a gestão da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Desde 2010, o BNB já aportou R$ 7,4 bilhões no projeto. Somente em 2025, foram autorizados dois repasses: R$ 400 milhões em janeiro e mais R$ 600 milhões neste segundo semestre.
Trecho conecta o Piauí ao Porto do Pecém, reduzindo custos logísticos
O trecho visitado, denominado Trecho 1, conta com 676 km já concluídos e liga o estado do Piauí ao Porto do Pecém, no litoral do Ceará. A linha principal é parte de um traçado ferroviário de 1.209 km de extensão, que atravessa 53 municípios da região semiárida, integrando zonas produtoras de grãos, minerais e bens industriais ao sistema portuário exportador do Nordeste.
De acordo com a concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA), a previsão é de que, ainda em 2025, tenha início o escoamento da produção agrícola do Piauí até o porto seco de Iguatu, etapa considerada fundamental para a operação plena da ferrovia.
Impactos econômicos e geração de empregos na região Nordeste
Durante a visita, o presidente Lula destacou o papel da ferrovia como vetor de dinamização econômica e inclusão regional:
“Essa ferrovia é muito importante para o desenvolvimento, mas esse desenvolvimento tem de trazer melhoria de vida para o povo”, declarou o chefe do Executivo, ressaltando a expectativa de geração de empregos diretos e indiretos ao longo do corredor logístico.
O presidente do BNB, Paulo Câmara, reforçou que os impactos positivos serão ampliados à medida que novas empresas se instalem ao longo da ferrovia:
“O transporte de insumos e da produção entre os centros industriais e comerciais, chegando até o Porto do Pecém, deve reduzir de forma significativa os custos operacionais, além de atrair novos investimentos privados para a região.”
Ministro dos Transportes elogia atuação do BNB no financiamento
Presente à agenda oficial, o ministro dos Transportes, Renan Filho, agradeceu o empenho do Banco do Nordeste na execução da política de crédito regional voltada à infraestrutura:
“A atuação do BNB está sendo essencial para a continuidade de uma obra que muda a realidade logística do país e fortalece a integração produtiva do Nordeste.”
Conclusão da obra e perspectivas para 2026
O cronograma da TLSA prevê a conclusão do trecho até 2026. O andamento físico de 75% no Trecho 1 representa um marco para um projeto que enfrentou sucessivos atrasos desde sua concepção, ainda nos anos 2000. A atual gestão federal tem priorizado a infraestrutura ferroviária como eixo de integração nacional, reposicionando a ferrovia como alternativa viável ao modal rodoviário e como parte da estratégia de transição ecológica com menor emissão de carbono.
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