A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, realizada entre 11 e 13 de julho de 2025, com 2.841 entrevistados e divulgada nesta terça-feira (15/07/2025), revela que 62,2% dos brasileiros consideram injustificadas as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos do Brasil. Além disso, 50,3% veem a medida como uma ameaça à soberania nacional, enquanto 47,9% acreditam que o governo federal conseguirá negociar a redução das taxas.
Aprovação do Governo Lula
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Desaprovação: 50,3% desaprovam o desempenho do presidente Lula, enquanto 49,7% aprovam.
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Avaliação do governo: 49,4% consideram o governo “ruim/péssimo”, contra 43,4% que avaliam como “ótimo/bom”.
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Política externa: 60,2% aprovam a política externa do governo Lula, e 61,1% acham que ele representa o Brasil melhor que Bolsonaro no cenário internacional.
Tarifas de Trump e Relações Brasil-EUA
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Justificativa: 62,2% veem as tarifas como injustificadas, sendo a principal motivação atribuída à retaliação contra o Brasil nos BRICS (40,9%).
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Impacto econômico: 48,6% acreditam em alto impacto na economia brasileira, enquanto 70% esperam aumento da inflação.
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Retaliação: 51,2% defendem que o Brasil retalie os EUA, com 51,2% sugerindo aumento de tarifas sobre produtos americanos.
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Relações bilaterais: 75,7% acham que as relações ficarão mais fracas com as tarifas.
Imagem dos EUA e Donald Trump
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Donald Trump: 63,2% têm imagem negativa do ex-presidente dos EUA.
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Estados Unidos: 50,5% possuem visão negativa do país, contra 45,9% com visão positiva.
Pesquisa Atlas/Bloomberg aponta rejeição popular às tarifas dos EUA e desconfiança na reação do governo Lula
A pesquisa Atlas/Bloomberg revela um ambiente político e econômico sensível diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. A população brasileira:
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Rejeita a medida, considerando-a injusta e contrária ao interesse nacional;
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Expressa baixa confiança na capacidade de resposta do governo Lula;
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Relaciona negativamente a medida à figura de Donald Trump;
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Defende retaliações, mesmo que isso contrarie a tradição diplomática brasileira.
Trata-se de um cenário de tensões comerciais com forte carga simbólica e eleitoral, no qual a política externa norte-americana, pautada pelo unilateralismo, é percebida como instrumento de coerção econômica. Esse contexto provoca reações defensivas no plano interno e influencia diretamente a condução da diplomacia regional.
Os dados indicam uma polarização na avaliação do governo Lula, bem como preocupação com os efeitos das tarifas de Trump. Observa-se uma clara divergência regional e demográfica, com maior rejeição ao ex-presidente dos EUA no Nordeste e entre mulheres. A pesquisa evidencia ainda a complexidade das relações bilaterais Brasil-EUA, destacando que a maioria dos brasileiros apoia uma postura mais firme por parte do governo federal.
Metodologia e Perfil da Amostra
A pesquisa utilizou metodologia Atlas RDR (Random Digital Recruitment), com margem de erro de ±2 p.p. e 95% de confiança. A amostra reflete a população adulta brasileira, com equilíbrio entre gêneros (50,1% mulheres e 49,9% homens) e diversidade em faixa etária, escolaridade e renda familiar.
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