Presidente Lula reage à taxação dos EUA com defesa da soberania nacional e anúncio de contramedidas; Confira vídeo

Presidente Lula rechaça aumento tarifário de 50% imposto por Donald Trump, acusa ingerência estrangeira no Judiciário brasileiro e anuncia ações legais e diplomáticas para proteger a economia nacional.

Durante pronunciamento oficial transmitido em rede nacional na noite desta quinta-feira (17/07/2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou a decisão do governo norte-americano, sob comando de Donald Trump, de elevar para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. O chefe do Executivo classificou a medida como “chantagem inaceitável”, com base em “informações falsas sobre o comércio bilateral”, e denunciou tentativas de ingerência nos poderes constitucionais do Brasil, incluindo ataques à independência do Poder Judiciário.

Ato unilateral dos EUA provoca resposta política e institucional do Brasil

Segundo Lula, a medida adotada unilateralmente pelos Estados Unidos representa um “grave atentado à soberania nacional”. O presidente afirmou que, desde maio de 2025, o Brasil realizou mais de dez reuniões diplomáticas com o governo norte-americano e apresentou uma proposta formal de negociação em 16/05/2025, que não obteve resposta. A carta enviada por Trump com a imposição tarifária foi recebida como sinal de ruptura e ameaça à autodeterminação do país.

“Não há vencedores em guerras tarifárias. Somos um país de paz, sem inimigos. Mas o Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, declarou o presidente.

Defesa do Judiciário e críticas a políticos brasileiros

Lula reforçou o compromisso do Estado brasileiro com os princípios do devido processo legal, contraditório, ampla defesa e presunção de inocência. Ressaltou que nenhuma nação estrangeira tem legitimidade para interferir nas decisões do Poder Judiciário brasileiro e fez duras críticas a lideranças políticas nacionais que teriam endossado as acusações de Washington.

“Esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor”, acusou.

Plataformas digitais estrangeiras e legislação nacional

O pronunciamento também abordou a atuação de plataformas digitais estrangeiras, reiterando que todas as empresas – nacionais e internacionais – devem obedecer às leis brasileiras. O presidente destacou crimes recorrentes nessas plataformas, como racismo, misoginia, fraudes financeiras, desinformação sobre vacinas e estímulo à violência, defendendo a responsabilização civil e criminal dos agentes envolvidos.

“No Brasil, ninguém está acima da lei”, afirmou Lula, ao defender o fortalecimento da legislação para proteção das famílias e da democracia.

Reuniões com setores produtivos e articulação institucional

Lula anunciou que seu governo está realizando encontros com representantes da indústria, comércio, serviços, setor agrícola, sindicatos e sociedade civil. A estratégia, segundo o presidente, visa formular uma resposta coordenada às medidas protecionistas norte-americanas e preservar os empregos, a renda e a competitividade nacional.

Ações internacionais e defesa do Pix

O presidente também rebateu acusações de práticas comerciais desleais, mencionando que os Estados Unidos mantêm, há 15 anos, um superávit comercial de US$ 410 bilhões em relação ao Brasil. Afirmou que o país utilizará “todos os instrumentos legais disponíveis”, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Lei da Reciprocidade, para contestar a medida.

Além disso, defendeu o sistema de pagamentos Pix, alvo de críticas de setores conservadores norte-americanos, classificando-o como “patrimônio do povo brasileiro”.

“O Pix é do Brasil. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo e vamos protegê-lo”, disse Lula.

Reaproximação internacional e abertura de mercados

O presidente destacou que, desde o início do seu mandato em 2023, o Brasil saiu do isolamento internacional e abriu 379 novos mercados para produtos nacionais. Segundo ele, estão em curso parcerias comerciais com União Europeia, países da Ásia, África, América Latina e Caribe.

“Seguiremos apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais, não apenas com os Estados Unidos, mas com todos os países do mundo.”

Confira vídeo


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