O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou nesta terça-feira (26/08/2025) o envio à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) de um pacote com quatro projetos de lei voltados para o fortalecimento da segurança pública no estado. As propostas contemplam a criação de novos comandos regionais da Polícia Militar, mudanças estruturais na Polícia Civil e a ampliação do tempo de permanência de policiais da reserva. Feira de Santana aparece como uma das cidades que serão diretamente favorecidas pelas medidas, com expectativa de redução da sobrecarga e ampliação da presença policial na região.
Novos comandos regionais da Polícia Militar
Entre as medidas, destaca-se a criação de comandos regionais da PM em municípios estratégicos, como Irecê, Alagoinhas, Jequié, Jacobina, Salvador e região metropolitana.
Segundo o governador, o objetivo é ampliar a presença policial, desafogar unidades já sobrecarregadas e garantir maior agilidade nas respostas operacionais. Jerônimo citou como exemplo a cidade de Jequié, que atualmente divide o comando com Vitória da Conquista, e ressaltou que a nova divisão de responsabilidades permitirá fortalecer também o trabalho em Feira de Santana, hoje um dos principais polos urbanos e logísticos do estado.
“Quando criamos esses comandos, conseguimos desafogar batalhões e pelotões, especialmente em áreas como Salvador e Feira de Santana. Isso garante mais eficiência no enfrentamento à criminalidade”, declarou o governador.
Impacto para Feira de Santana
A criação de um comando regional em Alagoinhas vai reduzir a sobrecarga sobre o comando que atende Feira de Santana, fortalecendo a capacidade de resposta da polícia na cidade.
Feira de Santana, por sua localização estratégica e densidade populacional, funciona como um nó logístico entre o litoral e o interior da Bahia, o que demanda constante presença policial. A medida, ao redistribuir as responsabilidades, deve permitir que o policiamento seja mais ágil e eficiente em ocorrências locais, além de ampliar a proteção em rodovias e áreas metropolitanas que impactam diretamente o município.
Reforço na Polícia Civil
O pacote também inclui ajustes no organograma da Polícia Civil, entre eles:
- Criação de uma estrutura adjunta ao delegado-geral, permitindo maior descentralização das atividades;
- Fortalecimento da presença da corporação no interior do estado;
- Ampliação do prazo de permanência de policiais da reserva, que passaria de quatro para seis anos.
Na prática, essas mudanças também favorecem Feira de Santana, que conta com grande demanda de investigações criminais, sobretudo ligadas ao tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e homicídios. A descentralização do comando permitirá que a cidade tenha maior atenção operacional e investigativa.
Detalhes do pacote legislativo
Os quatro projetos encaminhados à Assembleia foram recebidos durante ato oficial na ALBA. Entre os pontos centrais estão:
- Criação de novos comandos da PM em áreas estratégicas, com impacto positivo em Feira de Santana;
- Implantação de uma estrutura de apoio ao delegado-geral da Polícia Civil;
- Fortalecimento da Polícia Civil no interior, abrangendo cidades de grande porte como Feira de Santana;
- Extensão da permanência de policiais da reserva para seis anos.
Jerônimo destacou que a medida foi construída em diálogo com as corporações de segurança e depende de aprovação dos deputados estaduais para entrar em vigor.
Descentralização da segurança pública
O pacote de projetos de Jerônimo Rodrigues reflete uma estratégia de descentralização da segurança pública, buscando aproximar o comando das comunidades e reduzir a sobrecarga em cidades estratégicas. Feira de Santana, como segunda maior cidade da Bahia, tende a ser uma das mais beneficiadas, já que absorve parte significativa da demanda de policiamento regional.
Ao aliviar a carga do comando que a atende, a medida pode otimizar operações, fortalecer investigações criminais e reduzir a sensação de vulnerabilidade da população. Ainda assim, a ampliação do tempo de permanência de policiais da reserva mostra-se uma solução paliativa, sinalizando dificuldades na recomposição do efetivo por novos concursos. O êxito dependerá da celeridade da ALBA na votação e da implementação efetiva das medidas.

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