Presidente Lula assina recondução de Paulo Gonet como procurador-geral da República

Decisão foi formalizada nesta quarta-feira (27/08/2025) e ainda depende de aprovação do Senado.
Decisão foi formalizada nesta quarta-feira (27/08/2025) e ainda depende de aprovação do Senado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (27/08/2025) a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para mais um mandato de dois anos. O ato ocorreu no Palácio do Planalto, após reunião entre Lula e Gonet. O atual mandato se encerraria em dezembro, mas a decisão foi antecipada em alguns meses.

Mesmo reconduzido, o procurador ainda passará por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e precisará da aprovação em plenário, com no mínimo 41 votos favoráveis. Em 2023, Gonet foi aprovado com 65 votos. A medida também impede a formação da lista tríplice da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), tradicionalmente organizada para a escolha do cargo, mas que não é obrigatória.

A recondução ocorre menos de uma semana antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), em processo no qual Gonet denunciou o ex-mandatário como líder de uma trama golpista para se manter no poder após a eleição de 2022.

Com 64 anos de idade e cerca de 40 anos de carreira no Ministério Público Federal (MPF), Gonet é subprocurador-geral da República e possui trajetória acadêmica e profissional consolidada. É formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também obteve o doutorado, e possui mestrado pela Universidade de Essex, no Reino Unido. Ingressou no MPF em 1987, após aprovação em primeiro lugar no concurso para procurador da República.

Ele foi vice-procurador-geral Eleitoral durante a gestão de Augusto Aras e, ao assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro de 2023, promoveu mudanças de direcionamento, retomando foco em investigações de corrupção e em casos envolvendo emendas parlamentares. Em abril, denunciou o então ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeita de desvio de recursos, o que resultou na exoneração do auxiliar por parte de Lula.

Durante sessão nesta quarta-feira no STF, ministros manifestaram apoio à recondução. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, afirmou que o país “tem sorte de ter Gonet como procurador-geral”. Já o ministro Flávio Dino defendeu que a sabatina seja realizada com celeridade pelo Senado. O decano Gilmar Mendes também cumprimentou o procurador pela indicação.

Caso aprovado, Gonet será responsável pela condução da PGR em temas centrais, incluindo a defesa das condenações de Bolsonaro e de mais sete aliados no julgamento da chamada trama golpista, previsto para iniciar na próxima terça-feira (02/09/2025).

*Com informações da Agência Brasil.


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