Presidente Lula mantém 60% de aprovação na Bahia, aponta pesquisa Quaest; Governador Jerônimo e deputado Robinson destacam entregas do governo federal

A pesquisa Quaest mostrou que Lula tem 60% de aprovação na Bahia, confirmando o estado como base central de apoio ao governo. O deputado Robinson Almeida destacou a parceria com Jerônimo Rodrigues e as entregas do Novo PAC em saúde, educação e habitação. Os números fortalecem a esquerda no estado e pressionam a oposição liderada por ACM Neto, projetando reflexos para a eleição de 2026.
Ministro Rui Costa, governador Jerônimo Rodrigues e presidente Lula comemoram resultado da pesquisa Quaest que aponta 60% de aprovação ao Governo Lula na Bahia, índice acima da média nacional; liderança política estadual destaca parceria federativa e investimentos em saúde, educação e habitação.

A pesquisa Quaest revelou nesta quarta-feira (20/08/2025) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém 60% de aprovação na Bahia, índice seis pontos acima da média nacional. O levantamento, realizado entre 13 e 17 de agosto, também mostrou que a desaprovação caiu, confirmando o estado como um dos principais redutos de apoio ao governo federal.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) avaliou que o crescimento da aprovação está diretamente ligado à forma como Lula tem conduzido a defesa da soberania nacional, sobretudo diante do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos e das sanções aplicadas a autoridades brasileiras.

Jerônimo Rodrigues: defesa da soberania e mobilização econômica

Em declaração oficial, Jerônimo afirmou que a pesquisa reflete “o reconhecimento do povo às decisões corretas do presidente Lula de defender nossa soberania e nossa economia”.

Desde o anúncio das tarifas, o Governo da Bahia tem articulado reuniões com empresários e representantes federais para adotar medidas de proteção à produção e ao emprego, incluindo redução de alíquotas estaduais e linhas emergenciais de apoio financeiro.

Segundo o governador, a população percebeu o esforço conjunto entre União e estados, o que fortaleceu a imagem do governo.

“O Nordeste e a Bahia mais uma vez deram as mãos ao presidente, reconhecendo sua coragem e seu compromisso com o Brasil”, destacou.

Robinson Almeida: parceria estratégica entre Lula e Jerônimo

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) também comentou os resultados, ressaltando que os números demonstram o reconhecimento popular ao trabalho de Lula. “O povo baiano reconhece quem trabalha por justiça social, emprego e dignidade”, disse.

Para o parlamentar, a parceria entre Lula e Jerônimo Rodrigues tem garantido avanços concretos na Bahia, com destaque para o Novo PAC, que destinou quase R$ 4 bilhões para investimentos em saúde, educação, habitação e infraestrutura.

Entre os projetos, estão obras de contenção de encostas em Salvador e no interior, ampliação do programa Luz para Todos, construção de maternidades, policlínicas regionais e a contratação de 58 mil unidades habitacionais pelo Minha Casa Minha Vida apenas em 2024.

Avanços em saúde e educação

A saúde foi apontada como prioridade. Em julho, durante visita a Juazeiro, Lula anunciou R$ 615 milhões do Novo PAC Saúde, destinados à expansão do SUS na Bahia. O investimento prevê a compra de 2 mil equipamentos médicos para hospitais e unidades de saúde.

Na educação, os recursos ultrapassaram R$ 1,2 bilhão em 2024, destinados à construção de creches, escolas, compra de veículos escolares e programas de incentivo estudantil. O Pé-de-Meia destinou R$ 382,8 milhões a estudantes baianos, ampliando a permanência escolar.

Repercussões políticas e impacto na oposição

Além da dimensão social, a aprovação de Lula tem repercussões no cenário político. Robinson Almeida destacou que os números pressionam a oposição liderada por ACM Neto (União Brasil), que busca se reposicionar após a derrota nas eleições de 2022.

“A oposição tenta construir narrativas, mas não tem entrega. O povo já percebeu isso. A tendência é que a aprovação de Lula continue crescendo e influencie diretamente nas eleições de 2026”, afirmou o deputado.

Nordeste como principal base de apoio

A pesquisa reafirma o Nordeste como a região mais alinhada ao governo federal. Para Robinson, o quadro reflete a identidade histórica do PT na defesa de políticas sociais e regionais. “O lado do PT sempre foi o do trabalhador, do pequeno agricultor, da juventude preta da periferia e das mulheres”, concluiu.

Reduto estratégico do presidente

A pesquisa Quaest confirma a Bahia como reduto estratégico do presidente Lula, revelando a força de uma base eleitoral historicamente alinhada ao PT. Entretanto, os números também evidenciam um contraste com regiões onde a aprovação presidencial permanece instável ou em queda, sugerindo que o desafio do governo é converter vitórias regionais em capital político nacional.

O discurso de Jerônimo Rodrigues, ao associar a alta aprovação à defesa da soberania nacional diante do tarifaço dos EUA e das sanções internacionais, reforça uma narrativa identitária do PT que combina resistência política e entregas sociais. Essa retórica tem apelo direto no Nordeste, onde a memória de políticas redistributivas ainda sustenta o vínculo entre governo e população.

Contudo, a dependência de fortes investimentos em programas sociais e infraestrutura levanta questionamentos sobre a sustentabilidade fiscal do modelo. A aprovação se ancora em resultados concretos, mas a manutenção desse ritmo pode ser comprometida por restrições orçamentárias e pelas pressões externas da política econômica global.

Outro ponto relevante é o impacto eleitoral. A aprovação robusta na Bahia e no Nordeste fragiliza a oposição regional, sobretudo o grupo de ACM Neto, que não consegue oferecer alternativas consistentes. No entanto, a concentração de apoio em um eixo geográfico pode ampliar a percepção de assimetria política, limitando a capacidade de Lula de construir consensos nacionais.

Em síntese, o levantamento projeta força política para o presidente e evidencia a eficácia da parceria entre governo federal e estadual. Porém, ao mesmo tempo, deixa exposta a vulnerabilidade de um modelo dependente de bases regionais sólidas, mas ainda insuficiente para neutralizar resistências em outros polos do país.


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