7 de Setembro em Salvador celebra Independência e bicentenário da Polícia Militar da Bahia; Governador Jerônimo participa

O desfile de 7 de Setembro em Salvador (07/09/2025) reuniu mais de mil agentes de segurança, 620 estudantes e marcou o bicentenário da Polícia Militar da Bahia. O governador Jerônimo Rodrigues destacou a importância da soberania nacional, enquanto fanfarras escolares e famílias mantiveram viva a tradição. A segurança contou com 300 câmeras de monitoramento e forte esquema policial, unindo celebração histórica e vigilância tecnológica.
Desfile cívico-militar no Campo Grande contou com mais de mil agentes de segurança, 620 estudantes e marcou os 200 anos da Polícia Militar da Bahia.

Neste domingo (07/09/2025), o desfile cívico-militar em homenagem à Independência do Brasil reuniu milhares de pessoas no Campo Grande, em Salvador. O evento contou com a participação de 1.148 profissionais das forças de segurança, 100 veículos oficiais e 620 estudantes de escolas estaduais, que percorreram o trajeto até a Praça Castro Alves.

O governador Jerônimo Rodrigues participou da abertura, do hasteamento das bandeiras do Brasil e da Bahia e das honras militares. Em discurso, destacou a importância da memória histórica:

Muita gente deu a vida para garantir a independência do Brasil. Essa história deve ser recontada e lembrada para garantir que nossas crianças e nossos jovens mantenham viva a soberania do nosso país”, afirmou.

Tradição familiar e cultura cívica

O desfile também reforçou a transmissão de valores entre gerações. A auxiliar de saúde bucal Jaqueline Santana, de 35 anos, levou a filha de sete anos e familiares para acompanhar o ato, repetindo a tradição herdada da mãe e da avó.

“Eu acho importante que eles cresçam conhecendo a cultura do nosso país. Eu venho desde criança, minha mãe e minha avó me traziam. Então, segui essa tendência de trazer as crianças também”, contou.

Bicentenário da Polícia Militar da Bahia

O desfile deste ano teve como destaque o bicentenário da Polícia Militar da Bahia (PMBA). A corporação apresentou 896 policiais militares e estudantes de seus colégios, exibindo veículos históricos, motocicletas, cavalaria, drones e equipamentos de uso especial.

Segundo o comandante-geral, Antônio Carlos Silva Magalhães, a data reforça a tradição da instituição:

Uma instituição que vive dois séculos não pode ser esquecida. Trouxemos para a avenida o passado, o presente e o futuro, com uniformes históricos, veteranos e nosso grupamento aéreo”.

Fanfarras escolares e participação estudantil

Dezesseis fanfarras compostas por 620 estudantes de 11 escolas estaduais da capital e da Região Metropolitana deram ritmo ao desfile. O projeto é coordenado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) e busca estimular a participação dos jovens em celebrações cívicas.

Para o comerciário Lorival Souza, que levou a filha para assistir, a atividade aproxima a juventude da história nacional:

“Ela está estudando e precisa conhecer a história do Brasil. É muito bom para os pequenos. Eu assisto as fanfarras há mais de 20 anos e agora trago a minha filha mais nova”.

Segurança e tecnologia no evento

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) mobilizou cerca de 300 policiais e bombeiros para reforçar a segurança. Houve policiamento ostensivo, equipes de pronto atendimento em delegacias e patrulhamento extra no entorno do centro da capital.

O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) monitorou o desfile com mais de 300 câmeras equipadas com reconhecimento facial e de placas veiculares, utilizadas para identificar pessoas procuradas pela Justiça e auxiliar na localização de desaparecidos.

Memória nacional e valorização institucional

O desfile de 7 de Setembro em Salvador mostrou-se mais que uma celebração cívica: consolidou-se como instrumento de preservação da memória nacional e valorização institucional. O resgate da história da independência e do bicentenário da PMBA reforça a importância de manter viva a ligação entre passado e presente. Contudo, a ênfase no aparato militar e de segurança, aliada ao uso intensivo de tecnologia de vigilância, levanta debates sobre a fronteira entre celebração cívica e controle social. A centralidade das escolas, por outro lado, resgata o caráter pedagógico e comunitário da data, equilibrando tradição e inovação.


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