O Banco Central (BC) divulgou, nesta quinta-feira (25/09/2025), a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% para 2026, após revisar a estimativa para 2025 de 2,1% para 2%. O Relatório de Política Monetária do terceiro trimestre de 2025 também aponta manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 15%, expectativa de inflação acima da meta e desaceleração da economia global, fatores que influenciam o desempenho doméstico.
Crescimento econômico e fatores externos
O BC indica que a atividade econômica deve permanecer moderada no segundo semestre de 2025, com efeitos ainda incertos do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Para 2026, a instituição projeta crescimento inferior ao do ano atual, em 1,5%, devido à política monetária restritiva, baixa ociosidade dos fatores de produção e ausência do impulso agropecuário observado em 2025.
Inflação acima da meta
O relatório prevê que a inflação alcançará 4,8% em 2025 e 4,3% em 2026, mantendo-se acima do centro da meta do Conselho Monetário Nacional (3%), com tolerância de 1,5 ponto percentual. A expectativa é que somente no primeiro trimestre de 2027 a inflação se aproxime do centro da meta, atingindo 3,4%.
Crédito e mercado financeiro
O BC estima que o saldo de crédito total crescerá 8,8% em 2025, puxado principalmente pelo crédito às empresas. Para 2026, a projeção indica crescimento de 8%, refletindo desaceleração no crédito tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
Emprego e renda
O mercado de trabalho apresenta taxa de desemprego de 4,3% em agosto de 2025, historicamente baixa. Apesar da desaceleração na geração de empregos com carteira, o número líquido de postos permanece elevado, com 1,34 milhão de empregos acumulados até julho. O rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 1% no trimestre encerrado em julho, impulsionado pelo aumento da remuneração entre informais.
Atuação do Banco Central
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, defendeu a manutenção da Selic em 15%, destacando que a política monetária busca controlar a inflação e preservar a renda dos trabalhadores. Segundo ele, os indicadores de emprego e salário reforçam que a atuação do Banco Central está alinhada com a estabilidade econômica, mesmo diante de desafios internacionais e pressões inflacionárias.
Política monetária e cenário futuro
O Copom utiliza a taxa Selic como principal instrumento para atingir a meta de inflação. Juros elevados encarecem o crédito e incentivam a poupança, reduzindo pressões inflacionárias, enquanto cortes na Selic estimulam consumo e produção, podendo elevar a inflação. O BC mantém postura cautelosa diante da desaceleração global e da necessidade de equilíbrio entre crescimento e estabilidade de preços.
*Com informações da Agência Brasil.
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