O deputado estadual Robson Almeida (PT) criticou nesta quinta-feira (25/09/2025) a postura do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), e do ex-prefeito ACM Neto, em relação à chamada PEC da Blindagem, rejeitada pelo Senado nesta semana. A proposta previa anistia a investigados por participação nos atos de 8 de janeiro e buscava limitar o alcance de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Almeida, o silêncio de ACM Neto diante de um projeto considerado ofensivo ao Estado de Direito representa um posicionamento político. O parlamentar afirmou que, como vice-presidente nacional do União Brasil, Neto não poderia se omitir de um debate com impactos diretos sobre a democracia brasileira.
Deputado aponta cumplicidade e defesa indireta
Para o deputado, a tentativa do prefeito Bruno Reis de justificar a ausência de manifestação de ACM Neto diante do tema reforça uma postura de cumplicidade.
“Quem se cala diante de tamanho desrespeito ao povo brasileiro, consente. E quem defende esse silêncio, como faz Bruno Reis, assume a cumplicidade com projetos que tentam calar o Supremo, rasgar a Constituição e sabotar a democracia”, declarou Robson Almeida.
O petista também lembrou que, em momentos anteriores de crise institucional, ACM Neto manteve comportamento de distanciamento, evitando confrontos diretos com o governo federal ou com a base bolsonarista. Para Almeida, esse padrão revela cálculo político, mas compromete a coerência democrática.
PEC da Blindagem e impacto político
A PEC da Blindagem foi rejeitada pelo Senado Federal após intenso debate. A proposta havia sido apresentada por parlamentares da oposição como resposta a críticas ao STF e ao processo de investigação contra envolvidos nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023.
O projeto recebeu contestação de partidos da base governista e de setores independentes, que apontaram riscos de impunidade parlamentar e de afronta ao equilíbrio entre Poderes.
A votação expôs divisões internas no União Brasil, partido que tem buscado manter influência tanto no governo federal quanto em alianças regionais. Para analistas políticos, a ausência de posicionamento claro de lideranças como ACM Neto pode gerar desgaste, sobretudo diante da polarização em torno do tema.
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