Deputado Zé Neto articula com presidente Lula pacote de investimentos para transformar Feira de Santana em polo logístico e acadêmico

O deputado Zé Neto articula um pacote de investimentos estruturantes para Feira de Santana, que inclui o novo anel de contorno rodoviário, a ferrovia Salvador–Feira, o financiamento internacional para drenagem e mobilidade, a via perimetral e a expansão do CETENS/UFRB, com perspectiva de criação da Universidade Federal de Feira de Santana. A iniciativa visa transformar a cidade em polo logístico e acadêmico, mas depende de articulação política, viabilidade financeira e foco em impacto social equilibrado.
Empresário Juscelino Brito, presidente da CDL Feira de Santana; presidente Lula e o deputado federal Zé Neto durante agenda oficial em defesa de investimentos estruturantes para a cidade.

O deputado federal José Cerqueira Neto (Zé Neto, PT-BA) tem assumido protagonismo na formulação e defesa de um amplo conjunto de projetos estruturantes para Feira de Santana, voltados a áreas estratégicas como mobilidade urbana, logística, drenagem, infraestrutura rodoviária e ferroviária, além da expansão do ensino superior federal.

As propostas, que contam com o apoio institucional da Câmara de Dirigentes Lojistas de Feira de Santana (CDL-FSA), Prefeitura de Feira de Santana (PMFS) e de entidades empresariais locais, buscam consolidar a cidade como polo de desenvolvimento econômico e acadêmico, reforçando seu papel de maior centro urbano do interior do Nordeste e de entroncamento logístico nacional.

Sistematizado em um documento integrado de planejamento, o projeto foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira (16/09/2025), durante a programação do Dia de Feira de Santana em Brasília, iniciativa conhecida como Missão Brasília. A entrega simbolizou a busca por respaldo político e financeiro do governo federal, passo considerado fundamental para a viabilização das obras e investimentos.

Novo anel de contorno rodoviário

O novo anel de contorno rodoviário de Feira de Santana é considerado a principal obra de mobilidade em debate para a região. O projeto prevê 38,6 km de extensão, com investimento estimado em R$ 570 milhões, estruturado em parceria com a Caixa Econômica Federal e o BNDES. A iniciativa busca aliviar o trânsito pesado que cruza diariamente a cidade, conectar o aeroporto local à malha rodoviária e preservar áreas de proteção ambiental ao longo dos rios Pojuca, Jacuípe e Subaé.

Entre as diretrizes do projeto estão:

  • afastar o tráfego de cargas da área urbana;
  • requalificar trechos do atual anel viário;
  • construir vias marginais para o trânsito local;
  • arborizar e criar espaços públicos integrados à mobilidade.

A obra, que deverá ser concedida à iniciativa privada, tem como meta reposicionar Feira de Santana como centro logístico rodoviário de referência nacional.

Ferrovia Salvador–Feira e integração logística

Outro eixo do pacote é o fortalecimento da integração ferroviária. O projeto do Trem Intercidades (TIC) Salvador–Feira prevê 98 km de linha férrea para transporte de passageiros e cargas, reduzindo custos logísticos e ampliando a competitividade da indústria baiana. Além disso, concessões já planejadas incluem a ligação Feira–Salgueiro, conectada à Transnordestina, e a integração com os portos de Aratu e Salvador.

O modelo em estudo prevê a criação de estações intermodais em Feira de Santana e municípios vizinhos, com exploração imobiliária e serviços complementares. Essa estratégia possibilita geração de receitas acessórias, como centros comerciais, serviços de transporte e espaços de conveniência, garantindo sustentabilidade econômica ao projeto.

Financiamento internacional para drenagem e mobilidade

Paralelamente, como resultado da atuação do governador Jerônimo Rodrigues, Feira de Santana foi contemplada com financiamento de US$ 64 milhões do FONPLATA — Banco de Desenvolvimento para execução de um amplo projeto de drenagem urbana, recuperação ambiental e mobilidade. O plano inclui implantação de sistemas de drenagem, urbanização de áreas críticas, requalificação de vias e ações voltadas à inclusão social e à igualdade de gênero.

A iniciativa responde a problemas históricos de alagamentos e precariedade viária, sobretudo em bairros periféricos, e busca preparar a cidade para o crescimento populacional previsto nas próximas décadas.

Expansão da UFRB e perspectiva de universidade própria

No campo da educação superior, Zé Neto defende a construção de um novo campus da UFRB em Feira de Santana, em terreno de 40 hectares doado para esse fim. O projeto prevê expansão do CETENS — Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade, que deve ampliar sua oferta de cursos de graduação de 8 para até 30, além de novos programas de pós-graduação e pesquisa.

A proposta abre caminho para a futura criação da Universidade Federal de Feira de Santana (UFFSA), consolidando a cidade como polo acadêmico e científico, capaz de atrair estudantes de toda a região Nordeste. Esse investimento dialoga diretamente com a vocação industrial e tecnológica da cidade, fortalecendo a conexão entre universidade, setor produtivo e inovação.

Educação básica e investimentos municipais

Além da pauta universitária, a educação básica também recebeu reforço. Feira de Santana tem investido em construção e reforma de escolas, ampliação de vagas e integração de novas tecnologias na rede municipal. Esses investimentos se somam às transferências federais que, apenas em 2024, ultrapassaram R$ 2,8 bilhões, contemplando programas sociais, saúde, cultura e obras de infraestrutura.

Esse volume de recursos permite não apenas a manutenção de serviços básicos, mas também a ampliação de projetos voltados à modernização da cidade.

Via perimetral e novos corredores de transporte

Outro projeto em fase de estudo é a via perimetral ligando a BR-324 à BR-116, passando pelo distrito da Matinha. Essa obra busca melhorar o escoamento da produção agrícola e industrial, aliviar gargalos urbanos e conectar áreas periféricas de Feira de Santana às rodovias federais.

Ao lado do anel rodoviário e da ferrovia Salvador–Feira, a via perimetral integra uma estratégia de redesenho logístico que pode reduzir significativamente o tempo de deslocamento de cargas e passageiros na região.

Visão integrada de desenvolvimento

O conjunto de projetos apoiados por Zé Neto representa uma visão integrada de desenvolvimento, que combina mobilidade, logística e educação como vetores de transformação urbana. Contudo, sua concretização enfrenta desafios significativos:

  1. Financiamento: embora haja recursos internacionais e promessas de emendas parlamentares, a execução plena dependerá da capacidade do governo federal em liberar verbas num cenário de contenção fiscal.
  2. Coordenação política: a implementação requer sintonia entre União, governo da Bahia e Prefeitura de Feira de Santana, o que pode se tornar obstáculo diante de divergências partidárias.
  3. Impacto social: para evitar concentração de benefícios em áreas centrais, será necessário garantir que bairros periféricos e distritos mais afastados também recebam infraestrutura, transporte público e serviços educacionais.
  4. Sustentabilidade: projetos como drenagem urbana e novos campi universitários exigem manutenção contínua, o que implica planejamento de longo prazo e mecanismos de gestão eficientes.

Apesar desses entraves, a execução coordenada pode transformar Feira de Santana em referência em infraestrutura, inovação e ensino superior no Nordeste.

O deputado Zé Neto articula um pacote de investimentos estruturantes para Feira de Santana, que inclui o novo anel de contorno rodoviário, a ferrovia Salvador–Feira, o financiamento internacional para drenagem e mobilidade, a via perimetral e a expansão do CETENS/UFRB, com perspectiva de criação da Universidade Federal de Feira de Santana. A iniciativa visa transformar a cidade em polo logístico e acadêmico, mas depende de articulação política, viabilidade financeira e foco em impacto social equilibrado.
Deputado federal Zé Neto destaca conjunto de projetos de infraestrutura, mobilidade e educação, com destaque para o novo anel rodoviário, a ferrovia Salvador–Feira e a criação de um campus da UFRB que poderá evoluir para universidade federal própria.

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