CPMI do INSS ouvirá empresário investigado na Operação Sem Desconto

Empresário ligado a esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias será ouvido em sessão da comissão no Senado.
Empresário ligado a esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias será ouvido em sessão da comissão no Senado.

A CPMI do INSS ouvirá na segunda-feira (06/10/2025), às 16 horas, o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians, investigado na Operação Sem Desconto da Polícia Federal. O anúncio foi feito pelo presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), durante sessão realizada na quinta-feira (02/10/2025), quando a comissão recebeu o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho.

Convocação do empresário investigado

A convocação de Cavalcanti foi aprovada em quatro requerimentos da comissão (REQ 1.818/2025, REQ 1.822/2025, REQ 1.907/2025 e REQ 1.956/2025). Ele foi alvo da Polícia Federal, que investiga fraudes em descontos aplicados a aposentadorias e pensões. Entre os bens apreendidos durante a operação estão uma Ferrari, uma réplica de carro de Fórmula 1, relógios de luxo e valores em espécie.

Segundo a senadora Leila Barros (PDT-DF), Cavalcanti aparece como sócio e dirigente de empresas ligadas a áreas relacionadas ao esquema investigado. Nelson Wilians, ex-sócio de Cavalcanti, já foi ouvido pela CPMI.

Sessão anterior e críticas à CGU

O depoimento de Vinicius Marques de Carvalho, iniciado às 10h30 de quinta-feira (02/10/2025), durou cerca de 10 horas. O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), criticou a demora da CGU em adotar medidas preventivas contra os desvios, que, segundo ele, chegaram a movimentar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

Gaspar também destacou que a comissão pretende ampliar a investigação sobre empréstimos consignados, que podem representar perdas ainda maiores que as fraudes relacionadas a descontos associativos.

Debate sobre responsabilidades

Durante a sessão, parlamentares divergiram sobre a origem e a condução das fraudes. O senador Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que houve aumento no número de descontos associativos e de pedidos de exclusão após o início do atual governo. Já o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), declarou que 50% das fraudes estão ligadas a três entidades cujos acordos de cooperação técnica foram assinados durante o governo anterior.

Próximos depoimentos e clima da comissão

A senadora Leila Barros e o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) defenderam a convocação de Wagner Rosário, ministro da CGU no governo Bolsonaro, para prestar esclarecimentos. Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ressaltou a necessidade de a comissão se concentrar na responsabilização dos envolvidos, apesar dos conflitos entre parlamentares.

*Com informações da Agência Senado.


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