Escritor Joaci Góes critica presidente Lula e alerta para “irresponsabilidade e despreparo” diante da crise nacional

Em artigo, Joaci Góes critica duramente o governo Lula, associando populismo fiscal, descontrole das contas públicas e isolamento internacional à falta de prioridade para educação e saneamento básico. O autor alerta que o país caminha para um cenário de crise institucional e moral, conduzido, segundo ele, por “irresponsabilidade, despreparo ou senilidade”.
Em artigo publicado, o escritor e ex-deputado Joaci Góes questiona a condução do governo Lula, relacionando populismo fiscal, crise institucional e deterioração da educação e do saneamento no país.

Em artigo intitulado “Irresponsabilidade, despreparo ou senilidade?”, publicado na Tribuna da Bahia nesta quinta-feira (23/10/2025), o escritor e ex-deputado federal Joaci Góes apresenta uma crítica contundente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O autor associa o agravamento dos problemas nacionais à falta de investimentos em educação de qualidade e saneamento básico, que, segundo ele, são as raízes de todos os demais males do país.

Educação e saneamento como causas estruturais da desigualdade

Góes inicia o texto reafirmando sua tese de que “o Brasil só tem um problema — a educação de má qualidade”, do qual derivariam todos os outros: saúde precária, violência, corrupção e impunidade. Ele recorda que essa visão já havia sido defendida em seu livro As Sete Pragas do Brasil Moderno (2015).

O autor acrescenta que o saneamento básico é um componente indispensável para que a educação produza efeitos concretos, observando que “mais da metade da população brasileira” ainda vive sem acesso a esse serviço essencial. Citando o estudo A Distância que nos Une, da ONG britânica Oxfam, Góes enfatiza que a expectativa de vida de quem não tem saneamento é de apenas 54 anos, contra 79 anos entre os que dispõem da infraestrutura adequada.

Ele explica que a ausência de saneamento impacta diretamente o desenvolvimento mental das crianças, prejudicando a aprendizagem e contribuindo para o abandono escolar e a marginalização social.

“As crianças que nascem e vivem com saneamento deficiente são prejudicadas em seu desenvolvimento intelectual, fato que as conduz ao abandono precoce da sala de aula e à incapacitação profissional”, escreve o autor.

Populismo e descontrole fiscal no governo Lula

Ao tratar do cenário político e econômico, Joaci Góes acusa o governo Lula de adotar um populismo fiscal que ameaça o equilíbrio das contas públicas e compromete o futuro do país. Para ele, o atual presidente atua com tranquilidade, como se estivesse “assegurado pela impunidade de seus desmandos”.

O artigo afirma que o governo estaria direcionando recursos e políticas públicas com vistas à reeleição em 2026, o que, segundo Góes, amplia o “descontrole das contas públicas” e a vulnerabilidade do país diante de uma eventual crise a partir de 2027.

Em tom de alerta, o autor afirma que o crime organizado tem se expandido de forma preocupante no atual governo, beneficiando-se da “leniência do sistema penal”, que seria mais diligente com os criminosos do que com as vítimas. Ele projeta um cenário em que “um terço da população brasileira estará envolvida com o crime organizado” até as próximas eleições.

Ausência de políticas para temas estruturais

Apesar de reconhecer a gravidade da situação, Góes observa que o governo Lula não demonstra interesse em debater ou implementar soluções para educação e saneamento básico, considerados por ele “verdadeiras vergonhas nacionais”.

Essa omissão, segundo o autor, revela o caráter superficial das políticas públicas e a falta de compromisso com o desenvolvimento humano e social do país.

Isolamento internacional e política externa ideológica

Outro ponto de destaque do artigo é a crítica à política externa brasileira. Góes avalia que o Brasil está se tornando um “pária internacional”, sobretudo em razão da postura de Lula de “fazer dos Estados Unidos nosso inimigo número um”.

Para o escritor, essa escolha visa agradar um eleitorado de perfil terceiro-mundista, mas representa uma “opção suicida” do ponto de vista diplomático e econômico. Ele encerra o texto questionando se tal postura decorre de “irresponsabilidade, despreparo ou senilidade” do presidente.

Segundo Góes, há quem sustente que o comportamento do chefe do Executivo seria resultado da combinação dessas três causas.


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