A Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) promoveu, nesta sexta-feira (10/10/2025), o Encontro de Fornecedores da BYD, realizado no Senai Cimatec, em Salvador. O evento reuniu 130 representantes da indústria automotiva interessados em integrar a cadeia produtiva da montadora chinesa instalada em Camaçari, consolidando mais um passo na formação do novo polo automotivo baiano.
Representando o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o secretário Angelo Almeida enfatizou o empenho do governo em aprimorar o ambiente de negócios e atrair novos investimentos industriais.
Bahia consolida ambiente de negócios para o setor automotivo
“Este encontro é uma oportunidade importante para aproximar fornecedores e fortalecer a cadeia produtiva de autopeças na Bahia, atraindo investimentos e gerando novas oportunidades para empresas e trabalhadores. Sob a liderança do governador Jerônimo Rodrigues, seguimos avançando nessa consolidação”, afirmou Angelo Almeida.
O secretário destacou ainda que a chegada da BYD representa um novo ciclo industrial para o estado, com geração de emprego, renda e inovação tecnológica.
“A empresa vai ativar uma ampla rede de fornecedores e impulsionar a qualificação profissional e a formação em tecnologias da mobilidade elétrica. Essa parceria fortalece nossa estratégia de consolidar a Bahia como referência nacional em mobilidade sustentável”, acrescentou.
BYD projeta expansão e reconhece papel estratégico da Bahia
O diretor global de produção da BYD (CPO Robert Wong) afirmou que o Brasil e a Bahia são centrais na estratégia de crescimento da empresa.
“Estamos muito felizes em ver que o Brasil se tornou um dos principais focos da BYD no mundo. O país tem defendido com entusiasmo a introdução de veículos elétricos e novas tecnologias em energia limpa — exatamente o que acreditamos ser o futuro. A Bahia representa um passo essencial nesse avanço”, declarou Wong.
A presença da BYD em Camaçari, com previsão de início da produção em larga escala em 2025, reforça a transição industrial iniciada após o encerramento das atividades da Ford, criando um novo ecossistema de fornecedores locais e estimulando a economia regional.
Empresas nacionais demonstram confiança na retomada industrial
O CEO da SlimSulate, Tiago Corrêa, destacou o otimismo empresarial com a retomada do setor automotivo baiano.
“A SlimSulate manteve seu escritório na Bahia mesmo após a saída da Ford. Agora, com a chegada da BYD, vemos a oportunidade de retomar nossas operações e gerar novamente emprego e renda. O evento mostrou o apoio do Governo da Bahia e o compromisso com a capacitação profissional”, afirmou Corrêa.
A SlimSulate, especializada em soluções térmicas e estruturais para veículos, pretende participar da rodada de negócios com o time de compras da BYD, fortalecendo uma parceria já existente na China.
Parceria institucional amplia competitividade e inovação
O encontro foi fruto de uma articulação entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), o Sistema FIEB, a Prefeitura de Camaçari e o Sindipeças, com o objetivo de aproximar fornecedores brasileiros e internacionais da BYD. A iniciativa visa nacionalizar a produção de autopeças e estimular a inovação tecnológica dentro do território baiano.
Entre as autoridades presentes estiveram o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Augusto Vasconcelos, além de executivos como Rafael Galvão (BYD Camaçari), Rodrigo Vasconcelos (Senai Cimatec), Francisco Marianno (Sindipeças) e Pablo Toledo (BYD Brasil).
Consolidação industrial e desafios de integração
A instalação da BYD em Camaçari marca um reposicionamento histórico da indústria baiana, transformando o vazio deixado pela Ford em um novo polo tecnológico de mobilidade elétrica. Contudo, o desafio está em integrar efetivamente fornecedores locais à cadeia global da montadora, assegurando transferência de tecnologia, formação técnica e sustentabilidade econômica de longo prazo.
A política industrial da Bahia avança ao alinhar desenvolvimento regional e inovação, mas dependerá de continuidade administrativa, incentivos fiscais equilibrados e infraestrutura logística eficiente para consolidar o projeto como modelo de reindustrialização verde no país.
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