Deputados comentaram nesta terça-feira (28/10/2025) a megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho, que resultou em mais de 60 mortos, entre policiais e civis, tornando-se a ação mais letal da história da cidade. No Plenário da Câmara, parlamentares divergiram sobre o papel dos governos federal e estadual, a letalidade da operação e medidas legislativas para fortalecer a segurança pública.
Divergência sobre apoio federal e estadual
O deputado Luiz Lima (Novo-RJ) criticou o que chamou de inoperância do governo federal, afirmando que o Rio de Janeiro enfrenta cenário de guerra, com barricadas e ataques contra policiais. Já parlamentares da base governista destacaram que o Ministério da Justiça e Segurança Pública atendeu aos pedidos da Força Nacional, contrastando com críticas da oposição.
Para o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), o governo federal não forneceu suporte durante a operação, incluindo inteligência e efetivo, e afirmou que declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre traficantes foram inadequadas, posteriormente retratadas.
Letalidade e impactos para a população
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) criticou a letalidade da operação e apontou que o governador Cláudio Castro não solicitou ajuda federal. Segundo a parlamentar, a operação segue a lógica do confronto direto, gerando risco a policiais e moradores. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e a deputada Maria do Rosário (PT-RS) reforçaram a preocupação com o elevado número de mortes e a necessidade de explicações do governo estadual sobre chacinas ocorridas no estado.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destacou os efeitos das operações sobre famílias e crianças das favelas, defendendo proteção às comunidades residentes e criticando acusações de parlamentares da direita sobre suposta defesa de criminosos.
Propostas legislativas e PEC da Segurança Pública
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) defendeu a votação urgente da PEC 18/25, que visa dar mais poderes à Polícia Federal, priorizar inteligência e integração entre forças de segurança. Em contrapartida, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) questionou a efetividade da proposta, afirmando que o texto enviado pelo governo não contribui para combate a facções e criticou efeitos da ADPF das Favelas sobre deslocamento de criminosos.
O deputado Sanderson (PL-RS) defendeu a classificação de facções criminosas como grupos terroristas, enquanto o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) alertou sobre os riscos adicionais para moradores de favelas caso a medida seja aprovada rapidamente.
Reações de autoridades e medidas legislativas
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, manifestou preocupação com os acontecimentos e destacou que o Senado aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei 226/2024, que aperfeiçoa o marco legal de enfrentamento à criminalidade, reforçando instrumentos de proteção a agentes públicos e população. O projeto segue para sanção presidencial.
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) apoiou a ação da Polícia do Rio, ressaltando a necessidade de conjunção de esforços entre governos federal, estadual e municipal e o envolvimento das Forças Armadas para recuperar territórios dominados pelo crime.
Em nota oficial, Davi Alcolumbre reforçou que o Congresso Nacional acompanha a crise, manifestou solidariedade às famílias das vítimas e aos profissionais de segurança e se colocou à disposição para contribuir com soluções legislativas que fortaleçam a segurança pública e protejam vidas.
*Com informações das Agências Câmara de Notícias e Senado.
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