Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reafirma que combate em Gaza continua e aguarda retorno de todos os corpos de reféns

Primeiro-ministro israelense alerta sobre cumprimento do acordo de cessar-fogo e destaca esforço diplomático para retorno dos corpos e ajuda humanitária.
Primeiro-ministro israelense alerta sobre cumprimento do acordo de cessar-fogo e destaca esforço diplomático para retorno dos corpos e ajuda humanitária.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (16/10/2025) que o combate em Gaza “não terminou” e que o governo está determinado a obter o retorno de todos os corpos de reféns ainda mantidos pelo Hamas. A declaração foi feita durante cerimônia oficial de comemoração do segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra atual.

Netanyahu acusou o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo, que previa a entrega de todos os reféns, vivos e mortos, dentro de 72 horas após a implementação do cessar-fogo na sexta-feira (10/10/2025). O grupo palestino liberou os 20 reféns vivos, mas devolveu apenas nove dos 28 corpos mortos, alegando necessidade de equipamento especial para recuperar os demais cadáveres.

Pressão de Israel e Estados Unidos

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que caso o Hamas não cumpra o acordo, Israel, em coordenação com os Estados Unidos, retomará os combates para atingir a derrota total do movimento. O Fórum das Famílias de Reféns pediu a Netanyahu que interrompa etapas do acordo enquanto o retorno de todos os corpos não for cumprido.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os corpos restantes estão em túneis ou sob escombros e que equipes estão localizando os cadáveres. A porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian, declarou que um organismo internacional auxiliará na localização de reféns mortos caso não sejam liberados até o prazo estipulado.

Condições humanitárias e logística de ajuda

O acordo de cessar-fogo, elaborado com base em plano de Trump, prevê inicialmente a libertação de reféns, retirada israelense de setores de Gaza e envio de ajuda humanitária. Israel autorizou a passagem de mantimentos principalmente pelo ponto de Kerem Shalom, mas organizações humanitárias denunciam lentidão administrativa e restrições de segurança.

O chefe das operações humanitárias da ONU, Tom Fletcher, visitará nesta quinta-feira o ponto de passagem de Rafah, do lado egípcio, reforçando pedido de abertura para circulação de ajuda humanitária. Moradores de Gaza relatam falta de água, alimentos e eletricidade, vivendo em abrigos improvisados entre os escombros.

Impactos do conflito

O ataque de 7 de outubro de 2023 causou 1.221 mortes em Israel, majoritariamente civis, enquanto a represália israelense resultou em 67.938 mortes em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas. A situação evidencia a crise humanitária, a dificuldade na implementação do cessar-fogo e o desafio de entregar assistência e repatriar todos os corpos de reféns.

*Com informações da RFI.


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