STF publica edital de notificação de Eduardo Bolsonaro sobre denúncia da PGR

Deputado federal terá 15 dias para se manifestar após publicação no Diário de Justiça Eletrônico.
Deputado federal terá 15 dias para se manifestar após publicação no Diário de Justiça Eletrônico.

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta terça-feira (30/09/2025) o edital de notificação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento foi emitido no Diário de Justiça Eletrônico (DJe) e abre prazo de 15 dias para manifestação da defesa. Caso não haja resposta, o parlamentar poderá ser julgado à revelia.

Decisão de Alexandre de Moraes e fundamentos jurídicos

Na segunda-feira (29/09/2025), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou que o deputado fosse notificado por edital. Nos processos penais, a intimação pessoal é obrigatória, mas, segundo Moraes, a medida se fez necessária porque Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos.

Acusações contra Eduardo Bolsonaro

De acordo com a denúncia, o parlamentar é acusado de atuar junto ao governo do ex-presidente Donald Trump em apoio às sanções comerciais contra o Brasil. Entre os pontos destacados estão a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos de ministros do STF e de integrantes do governo federal.

Declarações do ministro relator

Na decisão, Moraes destacou que Eduardo Bolsonaro já havia admitido em redes sociais sua atuação junto ao governo norte-americano e que estaria no exterior para evitar responsabilização penal no Brasil. Segundo o ministro, há provas inequívocas da ciência do deputado sobre as condutas atribuídas a ele na denúncia.

Detalhes da denúncia apresentada pela PGR

A acusação foi oferecida pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e inclui também o blogueiro Paulo Figueiredo. Ambos foram denunciados por coação no curso do processo, com base em investigações sobre a participação na promoção do tarifaço norte-americano contra exportações brasileiras e nas sanções impostas a membros do Supremo e do governo federal.

Relação com investigações anteriores

A denúncia decorre do inquérito que apurou a suposta tentativa de influenciar decisões da Suprema Corte e de criar pressão externa contra o Brasil, visando interferir em processos judiciais relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o Ministério Público, os denunciados teriam colaborado para que sanções fossem adotadas como forma de condicionar o julgamento sobre a acusação de tentativa de golpe de Estado.

Próximos passos do processo

Com a publicação do edital, Eduardo Bolsonaro terá até meados de outubro para se manifestar. Caso não apresente defesa dentro do prazo, o processo seguirá com possibilidade de julgamento à revelia pelo STF.

*Com informações da Agência Brasil.


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