Uma audiência pública marcada para 24 de novembro de 2025, às 9h, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), discutirá a proposta de criação de uma nova universidade federal no município. O evento é organizado pela Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com apoio do deputado federal Zé Neto, do vereador Professor Ivamberg e do deputado estadual Robinson Almeida.
A iniciativa pretende reunir representantes do setor produtivo, pesquisadores, parlamentares, educadores, estudantes e entidades civis para avaliar a viabilidade institucional, acadêmica, econômica e territorial da instalação de uma nova instituição federal de ensino superior na segunda maior cidade da Bahia.
Contexto político e institucional
A proposta de criação de uma nova universidade federal em Feira de Santana surge em um momento de expansão populacional e fortalecimento econômico do município, que se consolidou como polo regional de serviços, logística, indústria e produção científica. Com mais de 600 mil habitantes e influência direta sobre cerca de 80 municípios, a cidade possui peso estratégico no interior da Bahia.
Apesar de abrigar a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) — reconhecida pela produção acadêmica — e o Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), unidade da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o município não conta com uma universidade federal própria. Para parlamentares, pesquisadores e lideranças locais, essa lacuna é incompatível com a relevância econômica e demográfica da região, que demanda maior oferta de ensino superior público, pesquisa avançada e inovação tecnológica.
A audiência pública de 24 de novembro foi convocada para consolidar estudos técnicos, apresentar cenários institucionais, avaliar impactos socioeconômicos e recolher contribuições de especialistas, entidades civis e setores interessados. O objetivo é estruturar uma proposta consistente a ser levada ao Governo Federal, reforçando a busca por uma instituição federal que corresponda à dimensão regional de Feira de Santana.
Objetivos da audiência pública
Entre os pontos a serem abordados estão:
- benefícios socioeconômicos da implantação de uma nova universidade federal;
- demanda reprimida por vagas, especialmente em cursos de alta tecnologia, engenharias, saúde e economia;
- potencial de criação de centros de inovação, laboratórios compartilhados e polos científicos;
- possíveis modelos de campus e integração com o entorno urbano;
- eventual articulação política com o Governo Federal, responsável por aprovar e financiar a instituição.
Além disso, serão discutidas oportunidades de integração com empresas, startups, parques tecnológicos e instituições já existentes, como UEFS, IFBA e a Fiocruz Bahia.
Mobilização e participação social e relevância estratégica para a Bahia
A audiência pública foi convocada com foco em ampla participação. A ACEFS, anfitriã do encontro, reforça que o empreendimento teria impacto direto no setor produtivo, especialmente na capacitação de mão de obra qualificada, inovação industrial e atração de investimentos.
Parlamentares envolvidos também defendem que a nova universidade representaria um avanço histórico para o interior baiano, ampliando a presença federal em uma região estratégica para o desenvolvimento econômico estadual.
A criação de uma universidade federal em Feira de Santana complementaria políticas de interiorização do ensino superior e reforçaria a posição da Bahia como centro de inovação no Nordeste. O encontro do dia 24 busca formalizar uma agenda conjunta com o Governo Federal, fundamentada em dados técnicos e projeções de impacto social.
Passo institucional relevante
A realização da audiência pública representa um passo institucional relevante, porém não basta para consolidar o projeto. A criação de uma nova universidade federal exige viabilidade financeira, apoio do Executivo federal, articulação política consistente e consenso entre atores regionais.
A ausência de um plano estruturado poderá fragilizar o debate. Ainda assim, a mobilização demonstra maturidade da sociedade civil e das lideranças políticas ao pautar um tema estratégico para o futuro da região, respondendo a demandas históricas por expansão da educação superior pública.
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