O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, recebeu nesta terça-feira (27/11/2025) o Título de Cidadão Baiano em sessão especial da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A homenagem, proposta pela deputada Fabíola Mansur (PSB), destacou a trajetória do gestor e sua relação com o estado, marcada pelo envolvimento com o Carnaval e pelo compromisso com políticas culturais. A presidente da Casa, Ivana Bastos, afirmou que a “história de Bruno com a Bahia começou no coração” e que o reconhecimento simboliza pertencimento, amizade e compromisso público.
A sessão especial destacou a dimensão simbólica da homenagem, conduzida pela presidente Ivana Bastos, primeira mulher a presidir a ALBA em 190 anos de história. Em seu discurso, ela ressaltou que a relação de Bruno Monteiro com a Bahia antecede cargos, nomeações ou funções públicas, sendo consolidada inicialmente por meio do Carnaval de Salvador, expressão cultural que, segundo afirmou, sintetiza a identidade baiana.
A deputada sublinhou que compreender o Carnaval é compreender “o que somos como povo”, enfatizando valores de acolhimento, mistura e pertencimento. Para Ivana, Monteiro incorporou essa identidade por meio do diálogo com agentes culturais, da presença constante nas manifestações populares e da defesa da cultura como política estruturante.
A homenagem também evidenciou a dimensão pessoal do gesto político. Ivana destacou a importância de ter a proposta apresentada por Fabíola Mansur, a quem descreveu como amiga, parceira e defensora histórica do setor cultural. A união das duas parlamentares, segundo ela, reforça a legitimidade da homenagem e fortalece a visão da cultura como ferramenta de transformação social.
Cultura como eixo estruturante da Bahia
Durante a sessão, Ivana Bastos enfatizou que a cultura é uma das forças mais vivas da Bahia e elemento essencial da identidade local. Ela descreveu a produção cultural baiana como plural, diversa e enraizada, abarcando música, dança, religiosidade, luta, celebração e acolhimento.
A presidente observou que a atuação de Bruno Monteiro no comando da Secretaria de Cultura reflete sensibilidade e compromisso com esse patrimônio imaterial, destacando sua disposição “de sentir, viver e ser intenso”, características que considera fundamentais para quem assume responsabilidade sobre a área.
Bruno foi apresentado não apenas como gestor, mas como alguém capaz de compreender as nuances da cultura baiana, dialogando com seus protagonistas e reconhecendo sua potência econômica, social e simbólica. Esse entendimento, segundo Ivana, explica por que a Bahia o teria “escolhido primeiro”.
O simbolismo do Título de Cidadão Baiano
O encerramento da cerimônia reforçou o caráter afetivo e institucional da homenagem. Em seu discurso final, Ivana afirmou que o título não representa apenas um documento, mas um gesto de acolhimento e confiança do povo baiano.
Ela declarou que Bruno Monteiro encontrou na Bahia “casa, amigos, parcerias e sentido”, reafirmando que o estado lhe oferece pertencimento e identidade. O reconhecimento, segundo a presidente, torna o secretário “filho da Bahia” de maneira definitiva, consolidando sua integração às raízes culturais do estado.
A sessão refletiu o protagonismo da cultura na política baiana contemporânea e consolidou a homenagem como símbolo de continuidade institucional, valorização das tradições e reconhecimento de trajetórias de contribuição pública.
Entre símbolos, afetos e política cultural
A entrega do Título de Cidadão Baiano a Bruno Monteiro ultrapassa a formalidade parlamentar e reforça a centralidade da cultura como eixo de legitimidade política na Bahia. A presença de figuras como Ivana Bastos e Fabíola Mansur indica convergência de forças políticas que historicamente atuam na defesa da área, fortalecendo a pauta diante de desafios de financiamento, gestão e reconhecimento institucional.
A celebração também projeta a imagem de um secretário capaz de construir redes, dialogar com setores diversos e assumir o Carnaval como expressão central da identidade baiana. O discurso de pertencimento, utilizado como fio condutor da cerimônia, reforça a estratégia de consolidar vínculos duradouros entre gestores e o imaginário cultural do estado.
Por outro lado, o tom fortemente simbólico abre espaço para debates sobre como transformar reconhecimento em políticas concretas, especialmente em áreas críticas como preservação patrimonial, fomento à cultura popular e ampliação de investimentos no interior. O desafio futuro estará em equilibrar narrativa, sensibilidade e ação administrativa.
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