Na terça-feira (05/11/2025), a Secretaria das Mulheres do Estado da Bahia (SPM) participou de uma plenária com lideranças femininas indígenas durante o 7º Acampamento Terra Livre da Bahia (ATL-BA), realizado entre os dias (02/11/2025) e (06/11/2025), na área verde da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador. O evento, organizado pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), reúne mais de 1.800 indígenas de diversas etnias sob o tema “Clima e Território: duas lutas, um direito”.
Políticas públicas e fortalecimento da liderança feminina indígena
A plenária de Políticas Públicas Voltadas às Mulheres contou com a presença da secretária estadual das Mulheres, Neusa Cadore, que conduziu o debate sobre ações de proteção, empoderamento e fortalecimento da liderança feminina indígena. Durante o encontro, foram discutidas propostas para a criação de políticas específicas de proteção e promoção dos direitos das mulheres indígenas, além de estratégias de profissionalização, inclusão produtiva e enfrentamento à violência.
Entre os encaminhamentos, destacou-se a proposta de criação de um comitê de acompanhamento, voltado à elaboração de um plano de ação intersetorial com base nas demandas apresentadas pelas comunidades.
“Queremos fortalecer e valorizar esse momento com políticas de atenção especial e cuidado. A luta continua todos os dias. Discutimos temas desafiadores como saúde, violência e preconceito”, afirmou Neusa Cadore.
Participação das lideranças e principais demandas
A plenária contou com a presença de Patrícia Krin Si (liderança Pankararé e coordenadora-geral do Mupoiba), Samehy Pataxó (vice-presidenta do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher), Camilla Batista (superintendente de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher da SPM) e Luciana Mota (superintendente de Promoção e Inclusão Socioprodutiva da SPM).
As lideranças indígenas apresentaram demandas voltadas à saúde, geração de renda e combate à violência. A cacica Djanira, da Aldeia Altamira Atikum, em Curaçá, destacou a necessidade de políticas de saúde mais efetivas: “Precisamos que olhem para nossas comunidades e tragam mais oportunidades, trabalho e lazer”. Já Murici Pataxó, da Aldeia Imbiriba, em Porto Seguro, ressaltou a importância do fortalecimento da representatividade feminina: “Discutimos temas importantes como a violência doméstica e a saúde. A criação do comitê vai nos ajudar a avançar com as demandas das aldeias”.
Presença institucional da SPM e serviços de acolhimento
Durante o ATL-BA, a unidade móvel da SPM está disponível no local, com equipe especializada em acolhimento, orientação e atendimento às mulheres indígenas. O serviço oferece informações sobre direitos, proteção e políticas públicas de enfrentamento à violência, reforçando o compromisso do Estado com o acesso à cidadania e igualdade de gênero.
O 7º Acampamento Terra Livre da Bahia consolida-se como espaço de articulação e resistência das comunidades indígenas, promovendo debates sobre território, meio ambiente e direitos sociais. A presença da SPM reforça a integração entre governo e povos tradicionais na construção de políticas públicas voltadas à garantia de direitos das mulheres indígenas.
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