A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) avançou para a 67ª posição nacional e conquistou o 2º lugar entre as instituições públicas da Bahia no Ranking Universitário da Folha (RUF) 2025, com nota final de 60,24 pontos. O desempenho revela áreas de destaque acadêmico, especialmente em cursos estratégicos, ao mesmo tempo em que aponta desafios na inserção no mercado e na inovação.
A UEFS, fundada em 1970, mantém 9.119 alunos e 36 cursos, consolidando-se como uma das instituições mais tradicionais do interior do Nordeste. No RUF 2025, apresentou desempenho equilibrado nos indicadores de pesquisa, ensino e internacionalização, mas obteve notas inferiores nos quesitos mercado e inovação, o que comprometeu uma ascensão mais robusta no ranking nacional.
A universidade alcançou 27,31 pontos em Pesquisa, ocupando o 67º lugar, e 19,79 pontos em Ensino, ficando na 70ª posição. Em Internacionalização, somou 2,51 pontos, marcando a 72ª colocação. No critério Mercado, que avalia a percepção de empregabilidade dos egressos, a UEFS ocupou apenas o 95º lugar, enquanto em Inovação — baseado em patentes e transferência tecnológica — ficou em 129º.
Quais são os melhores cursos da UEFS segundo o RUF 2025?
Os cursos com melhor avaliação nacional reforçam a tradição da universidade em áreas consolidadas e com produção científica reconhecida. Entre os destaques estão:
Educação Física (20º lugar no Brasil)
É o curso mais bem avaliado da UEFS, figurando entre os 20 melhores do país. O resultado reflete o investimento histórico em pesquisas sobre saúde, esporte e desempenho humano, com forte atuação de grupos de pesquisa e alto índice de publicações.
Biologia (28º lugar)
A graduação mantém longo histórico de excelência, apoiada pela pesquisa em biodiversidade, ecologia e zoologia, áreas pelas quais a UEFS é nacionalmente reconhecida.
Física (35º lugar)
A área alcança posição de destaque, impulsionada por grupos de pesquisa atuantes e programas de pós-graduação consolidados.
Matemática (32º), Geografia (38º), Letras (42º) e História (63º)
Os cursos de Ciências Humanas e Exatas apresentam estabilidade e tradição, mantendo posições competitivas no ranking nacional.
Outros cursos bem avaliados
- Farmácia (76º)
- Economia (143º)
- Odontologia (64º)
- Medicina (95º)
Isso reforça o peso regional e estadual da UEFS na formação de profissionais para o setor de saúde e ciências aplicadas.
Cursos com desempenho mais discreto
Embora a UEFS apresente áreas fortes, alguns cursos aparecem em posições inferiores ou intermediárias, o que indica espaço para aprimoramentos:
Cursos entre 201º e 400º lugar
- Administração (351–400º)
- Computação (201–250º)
- Direito (201–250º)
- Enfermagem (301–350º)
- Engenharia Civil (301–350º)
A presença de graduações em posições mais baixas pode refletir desafios em infraestrutura, produção científica, empregabilidade e avaliação de mercado — aspectos centrais considerados pelo RUF.
Mercado e Inovação: os pontos mais frágeis da UEFS
Os indicadores Mercado (95º) e Inovação (129º) revelam os principais desafios institucionais para os próximos anos.
Inserção profissional
O RUF avalia o prestígio dos egressos com base na percepção de empregadores. A pontuação relativamente baixa indica necessidade de ampliar parcerias com empresas, fortalecer programas de estágio e intensificar ações de aproximação com o setor produtivo.
Inovação e transferência de tecnologia
O baixo desempenho na produção de patentes e projetos inovadores sugere necessidade de revitalizar a política de inovação, com estímulos à pesquisa aplicada, incubadoras, startups e ampliação da interação com a indústria.
Aspectos positivos e negativos
A ascensão da UEFS no RUF 2025 demonstra a vitalidade de uma universidade pública que preserva sua tradição acadêmica e mantém excelência em áreas centrais do conhecimento. No entanto, o desempenho inferior em inovação e empregabilidade revela uma desconexão entre a formação universitária e o dinamismo do mercado contemporâneo. A UEFS possui capital intelectual para reduzir essa distância, mas precisará investir em políticas institucionais de transferência tecnológica, integração com a economia regional e estímulo à pesquisa aplicada. A continuidade da valorização de seu quadro docente e a expansão de políticas de internacionalização também serão determinantes para consolidar avanços futuros.
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