Feira de Santana registrou em 2024 uma redução de 8,3% no número de nascimentos, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2024 do IBGE, divulgadas nesta quarta-feira (10/12/2025). O município contabilizou 7.260 nascidos registrados, quantidade 660 menor que em 2023, quando foram registrados 7.920 nascimento. A queda coloca Feira como a segunda maior redução em números absolutos na Bahia, atrás apenas de Salvador.
O cenário local se insere em um quadro mais amplo no estado. A Bahia teve 159.337 nascimentos em 2024, o menor número em 50 anos, desde o início da série histórica do IBGE em 1974, registrando queda geral de 6,6% em comparação com o ano anterior.
Feira de Santana em perspectiva estadual
O levantamento do IBGE mostra que 69,8% dos municípios baianos (291 de 417) tiveram queda na natalidade entre 2023 e 2024. Embora o fenômeno seja generalizado, algumas cidades se destacam pela intensidade do recuo.
Maiores quedas absolutas de nascimentos no estado:
- Salvador: –2.357 nascimentos (–9,2%)
- Feira de Santana: –660 (–8,3%)
- Vitória da Conquista: –313 (–6,3%)
- Lauro de Freitas: –299 (–12,7%)
Em contraste, algumas cidades registraram aumento no número de nascimentos, movimento restrito a poucos municípios:
- Mata de São João: +65 (+12,5%)
- Belo Campo: +63 (+35,0%)
- Buritirama: +41 (+15,4%)
Os dados reforçam que Feira de Santana segue comportamento semelhante ao observado em grandes centros urbanos, com redução contínua da natalidade, reflexo de mudanças sociais, planejamento familiar mais estruturado e envelhecimento da população.
Bahia tem queda histórica e tendência acompanha cenário nacional
No total, o estado contabilizou 159.337 nascidos em 2024, 11.195 a menos que no ano anterior. A Bahia teve a 4ª maior redução absoluta do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em nível nacional, o Brasil registrou 2,37 milhões de nascimentos em 2024, retração de 5,8% frente a 2023. Todas as 27 unidades federativas apresentaram queda, confirmando uma tendência demográfica consolidada.
O impacto para o futuro urbano e social de Feira
A queda no número de nascimentos projeta efeitos que se estenderão pelos próximos anos. A curto prazo, pode representar redução no volume de matrículas na educação infantil, reorganização de políticas de saúde materno-infantil e revisão de planejamento urbano. Em escala mais ampla, aponta para uma transição demográfica que exige atenção às políticas de desenvolvimento e envelhecimento populacional.
Feira de Santana, por sua dimensão econômica e papel de polo regional, tende a sentir esses impactos de maneira mais direta. Menos nascimentos hoje significam alterações futuras no potencial produtivo, na estrutura de consumo e na força de trabalho. A cidade, historicamente referência no interior nordestino, precisará acompanhar esse novo quadro com políticas que conciliem planejamento familiar, desenvolvimento econômico e retenção de jovens.
Leia +
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




