O governador Jerônimo Rodrigues participou nesta segunda-feira (08/12/2025), ao lado do senador Jaques Wagner e de secretários estaduais, do lançamento da pedra fundamental do Projeto Serra Dourada, iniciativa da Isa Energia Brasil que vai ampliar a transmissão de energia solar e eólica para 20 municípios da Bahia, com previsão de conclusão até 2029. A cerimônia ocorreu no Palacete Tira Chapéu, no Centro Histórico de Salvador, e marcou o início de uma das maiores obras de infraestrutura energética em execução no Nordeste.
O projeto prevê a construção de cinco linhas de transmissão aérea em 500 kV, com 1.097 quilômetros de extensão, conectando áreas produtoras de energia renovável no Oeste baiano ao Norte de Minas Gerais. Para o governador, a iniciativa reforça a posição do estado como líder nacional na geração de energia limpa e amplia a capacidade de escoamento do setor. Jerônimo destacou que cerca de 1.500 trabalhadores já atuam na obra, e que o empreendimento representa uma agenda estruturante para superar gargalos no sistema elétrico.
Segundo o governo, o cronograma contempla a instalação de três novas subestações — Campo Formoso II, Barra II e Correntina — para reduzir a pressão sobre a rede atual e fortalecer a interligação dos sistemas Nordeste–Sudeste. No total, 23 municípios serão beneficiados, sendo 20 baianos e 3 mineiros, com expectativa de ampliar segurança energética, atrair investimentos e estimular novos parques geradores.
Serra Dourada integra PAC e recebe investimento de R$ 3,2 bilhões
Conquistado no Leilão de Transmissão da ANEEL nº 01/2023 – lote 01, o empreendimento conta com investimento estimado de R$ 3,2 bilhões, financiado dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. O objetivo é escoar energia renovável produzida na Bahia e em Minas Gerais, regiões que concentram alguns dos maiores complexos eólicos e solares do país.
O diretor-presidente da Isa Energia Brasil, Rui Chammas, ressaltou que a transmissão é o elo essencial para que a geração chegue às distribuidoras e ao consumidor final. Ele definiu o Serra Dourada como “espinha dorsal da transição energética brasileira”, destacando o papel estratégico das novas linhas no abastecimento de centros urbanos e polos industriais.
Na avaliação de especialistas do setor, a chegada de novos corredores de transmissão tende a reduzir perdas no transporte, minimizar riscos de desligamentos em períodos de alta demanda e impulsionar a instalação de novos empreendimentos sustentáveis.
Impactos territoriais, socioeconômicos e estruturais
A obra deve gerar contratações diretas e indiretas ao longo dos próximos quatro anos, com ênfase nas regiões do Oeste baiano, corredor estratégico do agronegócio e da produção energética. Municípios como Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Correntina e Campo Formoso estão entre os contemplados, fortalecendo cadeias logísticas e atraindo novos investimentos privados.
Além da expansão energética, o projeto promete fomentar programas de qualificação profissional, parcerias com universidades e fortalecimento das cadeias de manutenção técnica. A Isa Energia sinalizou que deverá consolidar um programa de compensação ambiental e desenvolvimento territorial nas áreas impactadas pelas torres e subestações.
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