Pronunciamento de Natal do presidente Lula destaca combate à fome, crescimento econômico e defesa da soberania nacional

No pronunciamento de Natal de 2025, o presidente Lula apresentou um balanço positivo do ano, destacando a saída do Brasil do Mapa da Fome, a redução do desemprego, a isenção do Imposto de Renda para rendas até R$ 5 mil e a retomada de programas sociais. O discurso abordou ainda segurança pública, combate à violência contra a mulher, investimentos do Novo PAC, protagonismo internacional, superação do tarifaço e a defesa do fim da escala 6x1.
Pronunciamento de Natal de Lula em 2025 destaca combate à fome, crescimento econômico, programas sociais, tarifaço, política externa e propostas sobre jornada de trabalho.

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite de Natal desta quarta-feira (24/12/2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um balanço das ações do governo ao longo de 2025, destacando avanços sociais, indicadores econômicos positivos, políticas de combate à fome, redução do desemprego, ampliação de programas sociais e a retomada do protagonismo internacional do Brasil. O discurso também abordou temas sensíveis, como segurança pública, enfrentamento à violência contra a mulher, relações comerciais internacionais e propostas de mudança na jornada de trabalho.

No início da mensagem, o presidente classificou 2025 como um “ano difícil”, marcado por desafios econômicos e sociais, mas afirmou que o país encerra o período com resultados expressivos. Lula destacou como principal conquista a saída do Brasil do Mapa da Fome, indicador internacional que aponta a insegurança alimentar grave em países com parcela significativa da população sem acesso regular a alimentos.

Segundo o presidente, o país havia deixado essa condição em 2014, mas retrocedeu nos anos seguintes, chegando a 33 milhões de pessoas em situação de fome. A reversão do quadro, de acordo com o governo, ocorreu a partir da retomada do Bolsa Família, do fortalecimento da agricultura familiar, da valorização do salário mínimo, do aumento do emprego formal e do investimento na alimentação escolar.

Lula afirmou que essas políticas permitiram reduzir os níveis de pobreza e desigualdade, além de criar condições para que milhões de brasileiros recuperassem a capacidade de consumo básico e segurança alimentar.

Isenção do Imposto de Renda e impacto na renda das famílias

Outro ponto central do pronunciamento foi o fim da cobrança do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. O presidente ressaltou que, para milhões de brasileiros, dezembro marcou o último desconto do tributo em folha salarial.

A partir de janeiro, segundo o governo, a medida deve gerar aumento mensal da renda disponível das famílias, com potencial de aliviar o orçamento doméstico, estimular o consumo e impulsionar a atividade econômica. Lula apresentou a política como parte de uma estratégia de redistribuição de renda e estímulo ao mercado interno.

Programas sociais, saúde, educação e moradia

No campo social, o presidente elencou uma série de programas implementados ou ampliados ao longo do ano. O Agora Tem Especialistas, voltado à redução das filas do SUS, foi citado como iniciativa para acelerar consultas, exames e cirurgias. Já o Pé-de-Meia foi apresentado como instrumento de incentivo à permanência de jovens na escola.

Lula também mencionou o Gás do Povo e o Luz do Povo, criados para reduzir o impacto do custo do gás de cozinha e da energia elétrica sobre as famílias de menor renda. Na área habitacional, destacou o retorno do Minha Casa Minha Vida, agora com alcance também sobre a classe média, e o anúncio do Reforma Casa Brasil, voltado à melhoria de moradias existentes.

O presidente ainda reforçou a importância da Transposição do Rio São Francisco, classificada como a maior obra hídrica do mundo, responsável por levar água a milhões de famílias no Nordeste.

Investimentos, emprego e indicadores econômicos

Ao tratar da economia, Lula destacou a atuação do Novo PAC, presente em todos os estados, com obras de infraestrutura e geração de empregos. Segundo o presidente, o país encerra 2025 com a menor taxa de desemprego da história, recordes de emprego com carteira assinada e a maior renda média já registrada.

O discurso também ressaltou o controle inflacionário. De acordo com Lula, a inflação acumulada em quatro anos será a menor da série histórica, cenário que, segundo o governo, contribui para a estabilidade econômica e o aumento do poder de compra.

Ainda nesse contexto, o presidente afirmou que dois milhões de pessoas deixaram o Bolsa Família em 2025 por melhora da renda, destacando o dado como evidência de mobilidade social e inserção produtiva.

Segurança pública e combate à violência

No campo da segurança, Lula reconheceu que o crime organizado e a violência seguem como grandes desafios nacionais. O presidente afirmou que a Polícia Federal realizou, em 2025, a maior operação de combate ao crime organizado de sua história, atingindo, segundo ele, estruturas de alto escalão das facções criminosas.

O pronunciamento também dedicou espaço ao enfrentamento da violência contra a mulher. Lula anunciou que pretende liderar um esforço nacional envolvendo governo, instituições e sociedade civil, defendendo o engajamento direto dos homens no combate a esse tipo de violência.

Protagonismo internacional, turismo e tarifaço

Na política externa, o presidente afirmou que o Brasil voltou a ser respeitado e admirado internacionalmente. Citou o recorde de nove milhões de turistas estrangeiros em 2025 e a realização da COP30, em Belém, como marcos da retomada do protagonismo brasileiro no debate climático global.

Lula também abordou o tarifaço imposto ao Brasil, classificado como um desafio inédito. Segundo o presidente, o governo respondeu com diplomacia, proteção às empresas nacionais e preservação dos empregos. Ele afirmou que as negociações permitiram superar o impasse e que o país alcançou a marca de 500 novos mercados abertos para produtos brasileiros, reforçando a soberania nacional.

Jornada de trabalho e direito ao tempo

Na parte final do discurso, Lula defendeu mudanças na organização do trabalho. O presidente afirmou que o fim da escala 6×1, sem redução salarial, é uma demanda legítima da sociedade e um tema que deve ser debatido pelo Congresso.

Segundo ele, o direito ao descanso e ao convívio familiar é essencial para a qualidade de vida, e o Estado deve atuar para equilibrar produtividade econômica e bem-estar social.

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