PT defende chapa “mais competitiva” para 2026 na Bahia e reforça aliança com PSD

O secretário de Comunicação Nacional do PT, Éden Valadares, afirmou que o partido defende a formação da chapa mais competitiva para as eleições de 2026 na Bahia. O objetivo central é reeleger o governador Jerônimo Rodrigues e ampliar a votação do presidente Lula no estado. O dirigente destacou a importância da unidade da base, o histórico dos ex-governadores petistas e a manutenção da aliança com o PSD, especialmente com o senador Ângelo Coronel.
PT defende chapa mais competitiva para 2026 na Bahia, com foco na reeleição de Jerônimo Rodrigues, fortalecimento de Lula e manutenção da aliança com o PSD.

O secretário de Comunicação Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Éden Valadares, afirmou que a orientação predominante no PT Bahia é a de construir a chapa majoritária mais competitiva possível para as eleições de 2026, com o objetivo central de reeleger o governador Jerônimo Rodrigues e ampliar a votação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado. A declaração foi feita em entrevista à rádio Baiana FM, na qual o dirigente detalhou as discussões internas e o diálogo com os partidos aliados da base governista.

Segundo Éden, o tema vem sendo tratado com franqueza no âmbito da Executiva e do Diretório Estadual do PT, bem como no Conselho Político da base aliada. A composição da chapa majoritária, que inclui as duas vagas ao Senado pela Bahia, é apontada como elemento estratégico para o desempenho eleitoral do grupo em um cenário que o dirigente classificou como competitivo e sem margem para acomodação.

Estratégia eleitoral e foco na reeleição

Ao justificar a linha defendida pelo partido, Éden ressaltou que a prioridade do PT é assegurar a continuidade do projeto político no estado e fortalecer o desempenho nacional do presidente Lula. Para o dirigente, a Bahia historicamente desempenhou papel decisivo nas vitórias petistas em eleições presidenciais desde 2002, o que reforça a importância de uma estratégia bem articulada em 2026.

Ele destacou que, tanto na Bahia quanto no cenário nacional, não há disputas eleitorais fáceis. Nesse contexto, a montagem de uma chapa forte é vista como instrumento para consolidar a base eleitoral, ampliar a votação proporcional e garantir maior segurança política ao projeto de reeleição do governador Jerônimo Rodrigues.

Ampliação das bancadas e lógica de “ganha-ganha”

Éden afirmou ainda que, desde o início das conversas, o PT buscou envolver os partidos aliados em um processo voltado à ampliação das bancadas federais e estaduais, seguindo um padrão observado nas eleições anteriores. De acordo com o secretário, nas reeleições dos ex-governadores Jaques Wagner e Rui Costa, a base aliada conseguiu crescer em representação parlamentar, e a expectativa é repetir esse desempenho em 2026.

O dirigente enfatizou que a estratégia do partido não se limita à disputa majoritária, mas envolve a construção de um ambiente político de ganhos compartilhados, no qual todos os aliados tenham espaço para crescer eleitoralmente. Esse arranjo é visto como fundamental para a manutenção da coesão da base governista e para a sustentação política do governo estadual e do governo federal.

O peso político dos ex-governadores

Ao comentar a composição ideal da chapa, Éden defendeu que a presença dos três últimos governadores da Bahia — Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues — representa, na avaliação do PT, a configuração mais competitiva para o pleito. Segundo ele, o grupo simboliza um ciclo político que promoveu mudanças estruturais no estado ao longo dos últimos anos.

O secretário argumentou que essa trajetória é percebida como um contraponto a períodos anteriores da política baiana, associados ao personalismo e à concentração de poder. Na leitura apresentada, a eventual formação de uma chapa com esse perfil teria maior capacidade de mobilizar o eleitorado e de impulsionar tanto a candidatura ao governo quanto a votação presidencial.

Relação com o PSD e papel de Ângelo Coronel

Questionado sobre a situação do senador Ângelo Coronel (PSD), Éden reconheceu publicamente sua importância nas vitórias eleitorais da base governista e na consolidação do atual arranjo político da Bahia. O dirigente destacou que Coronel sempre integrou a base aliada e foi eleito senador com apoio direto do grupo liderado pelo PT.

O secretário afirmou que pretende atuar para preservar a unidade entre PT e PSD, classificando a aliança como estratégica e historicamente relevante. Na avaliação de Éden, a política exige diálogo contínuo e visão de longo prazo, lembrando que o calendário eleitoral se estende para além de 2026, com disputas futuras em níveis municipal, estadual e federal.

Ele também ressaltou o papel do senador Otto Alencar, líder do PSD na Bahia, ao definir o momento atual como uma fase singular da política baiana, marcada por cooperação entre partidos e estabilidade institucional dentro da base governista.

Unidade, pragmatismo e cálculo eleitoral

As declarações de Éden Valadares evidenciam uma estratégia fortemente orientada pelo pragmatismo eleitoral, em que a competitividade da chapa se sobrepõe a critérios ideológicos ou simbólicos. A defesa de uma composição capaz de maximizar votos reflete a leitura de um cenário político mais disputado, tanto no plano estadual quanto nacional.

Ao mesmo tempo, o discurso revela a preocupação do PT em preservar alianças consolidadas, especialmente com o PSD, evitando rupturas que possam fragilizar o projeto de reeleição. O reconhecimento explícito do papel de Ângelo Coronel sinaliza disposição para negociações internas, mesmo diante das pressões naturais por espaço na chapa majoritária.

Por outro lado, a ênfase na continuidade do ciclo iniciado com Jaques Wagner e Rui Costa pode enfrentar desafios junto a setores do eleitorado que demandam renovação política. O equilíbrio entre experiência, unidade da base e capacidade de diálogo com novos segmentos será determinante para o sucesso da estratégia anunciada.


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