O relatório da KPMG intitulado “Panorama Global de Mineração e Metais 2023” destaca que 28% das empresas já concluíram a integração das metas ESG e emissão zero, indicando um movimento contínuo em direção à sustentabilidade nas operações do setor. A pesquisa ouviu 400 executivos de empresas de mineração e metais em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil.
Crescimento sustentável e desafios
A pesquisa mostra que, globalmente, a confiança no equilíbrio entre crescimento produtivo e metas de sustentabilidade é notável, com uma relação de quatro otimistas para um pessimista. No entanto, o cenário se diferencia para produtores de metais críticos para a transição energética, como alumínio, cobalto, cobre, grafite, lítio, manganês e níquel. Entre eles, a maioria demonstra confiança, mas a taxa é mais estreita, variando de 37% a 64%.
Um aspecto-chave que impulsiona esse otimismo é a visão de que os planos de descarbonização não são apenas um custo adicional, mas uma fonte de lucro. André Winter, sócio-diretor de ESG da KPMG, destaca: “O alcance das metas de emissões líquidas zero de carbono até 2040 ou 2050 pode parecer um longo caminho, mas agora é o momento de integrar essas ambições à estratégia empresarial”.
Eficiência energética e responsabilidade social
O estudo identifica o aumento da eficiência no consumo de energia como uma prioridade na abordagem dos desafios ambientais. Além disso, os executivos consideram essencial fornecer serviços de saúde, licença remunerada e benefícios de aposentadoria aos trabalhadores, enfatizando o impacto social positivo.
A liderança e o conselho de administração comprometidos com objetivos ESG são apontados como a medida mais eficaz para impulsionar mudanças nessa direção. O uso de novas tecnologias e inovações também é destacado como um fator para impulsionar a transformação no setor.
Riscos e redefinição da Indústria
Em relação aos riscos, os entrevistados consideram necessária uma fiscalização governamental mais rigorosa das questões ESG. A emissão líquida zero é apontada como principal risco nos próximos cinco anos por 50% dos entrevistados, enquanto cerca de 25% veem o risco direto das mudanças climáticas como o mais significativo.
O relatório conclui que a indústria de mineração reconhece a magnitude do desafio em alcançar emissões líquidas zero e a necessidade de agir rapidamente. À medida que as empresas redefinem seus modelos de negócio para refletir o verdadeiro custo da redução de carbono, a transformação está redesenhando o mapa do setor.
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