Na cidade de São Francisco, Califórnia, o palco está armado para o segundo encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, Joe Biden e Xi Jinping, durante a cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), que teve início em 11 de novembro e vai até 17 de novembro. Em meio a tensões crescentes entre as duas maiores potências mundiais, o evento ganha importância crucial para o futuro das relações bilaterais.
O último encontro entre Biden e Xi ocorreu há exatamente um ano, em Bali, na Indonésia, durante a cúpula do G20. Contudo, desde então, diversos eventos abalaram as relações sino-americanas em 2023. Biden expressou a esperança de que esse encontro em São Francisco “volte ao curso normal” as relações entre os dois países.
A Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), criada oficialmente há 30 anos para promover a cooperação econômica e comercial entre os 21 países do grupo Ásia-Pacífico, incluindo EUA e China, é o cenário dessa reunião histórica. A escolha de São Francisco como local do evento, marcando o retorno de uma grande conferência desde 1945, foi motivada pelos laços históricos da cidade com a Ásia e seu papel central na tecnologia global, situada no Vale do Silício.
As tensões recentes entre as duas potências são destacadas pelos chineses, que responsabilizam Washington pela deterioração das relações. A ausência de Xi Jinping nos EUA desde 2017 e uma série de incidentes, como a visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, e acusações de “bullying tecnológico” por parte dos Estados Unidos, contribuíram para a atual situação delicada.
O presidente Biden enfatiza a importância do diálogo direto para reverter as tensões e restaurar a cooperação militar interrompida há quase um ano. A normalização dos canais de comunicação entre as duas potências é um dos principais objetivos do encontro, especialmente para evitar erros de cálculo ou falhas de comunicação que possam levar a conflitos, especialmente nas águas ao redor de Taiwan.
Diversos desafios aguardam os líderes, incluindo a questão de Taiwan, as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, e a necessidade de cooperação para combater o tráfico de fentanil, um opioide mortal nos EUA. Analistas acreditam que a retomada do diálogo entre as potências é crucial neste momento, e questões como o fentanil e os canais de comunicação militares são vistas como possíveis áreas para avanços reais.
Após a reunião bilateral, Xi Jinping participará de um encontro com executivos em um jantar privado em São Francisco, com ingressos custando a partir de US$ 2 mil. A cadeira na mesma mesa que o líder chinês sai por US$ 40 mil, segundo informações divulgadas pela mídia americana.
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