O deputado estadual Robinson Almeida (PT) criticou nesta quinta-feira, (12/06/2025) publicamente a gestão municipal de Salvador e exigiu um posicionamento do prefeito Bruno Reis e do ex-prefeito ACM Neto, ambos do União Brasil, após a deflagração da Operação Dia Zero, que apura o desvio de R$ 100 milhões em contratos da Secretaria Municipal de Saúde com uma organização social.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), aponta que os recursos federais destinados à saúde foram desviados por meio de contratos superfaturados e sem cobertura contratual, com objetivo de financiar um esquema de corrupção sistêmica. A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 100 milhões e o afastamento de servidores públicos envolvidos.
Críticas à continuidade de modelo de gestão e omissão política
Segundo Robinson Almeida, o escândalo revela a continuidade de um modelo administrativo iniciado por ACM Neto, consolidado por Bruno Reis e sustentado por práticas que favorecem a fragilidade nos mecanismos de controle e fiscalização da gestão pública.
“Depois da Overclean, que já colocou caciques do União Brasil ao lado do Rei do Lixo, agora surge mais esse escândalo na saúde em meio à crise de assistência à população”, declarou Robinson.
“É inadmissível que, enquanto servidores estão em greve e a população sofre, milhões sejam desviados de forma criminosa”, afirmou.
A Operação Overclean, mencionada pelo parlamentar, revelou anteriormente supostos esquemas de corrupção envolvendo contratos de limpeza urbana na capital baiana, também ligados a gestões do União Brasil.
Silêncio das lideranças do União Brasil
Robinson Almeida também criticou o silêncio das principais lideranças do União Brasil, afirmando que Bruno Reis e ACM Neto “têm opinião para tudo, mas se calam quando os escândalos envolvem suas administrações”.
“Vão sumir de novo?”, questionou o deputado, sugerindo omissão deliberada frente às denúncias.
Saúde pública em crise estrutural
Outro ponto levantado por Robinson é a precariedade do sistema de saúde de Salvador. Segundo ele, a cidade possui uma das piores coberturas de atenção básica do país, e a atual administração tem optado por repassar serviços essenciais a organizações privadas que, de acordo com as denúncias, servem como instrumento de desvio de recursos públicos.
“A gestão do União Brasil entrega a saúde nas mãos de empresas que só servem para sugar dinheiro público”, criticou.
“É esse o legado de mais de uma década de governo: saúde precária, corrupção sistêmica e nenhum compromisso com o povo.”
Ausência de posicionamento oficial
Até o momento, a Prefeitura de Salvador não divulgou nota oficial sobre a Operação Dia Zero. O prefeito Bruno Reis e o ex-prefeito ACM Neto também não se pronunciaram sobre as acusações ou sobre o andamento das investigações.
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