Nesta segunda-feira (18/08/2025), o Auditório Jornalista Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), sediou o 1º Encontro de Escritores da Bahia, que reuniu Ederson Galeno, Emiliano José, Nelson Cerqueira, Nilo Belotto, Ricardo Justo e Taurino Araújo. O evento contou ainda com a presença institucional do governo estadual, representado por Sandro Magalhães, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon.
A iniciativa integrou o projeto Bahia de Todos os Leitores, vinculado ao Festival Literário para a Cultura de Paz (Flicpaz), sob curadoria do professor e escritor Ricardo Justo. O objetivo foi promover a leitura em ambientes acadêmicos, escolares, sociais e comunitários, reforçando seu papel como ferramenta de transformação cultural e construção da cultura de paz.
Literatura e compromisso social
Na abertura, Ricardo Justo destacou que a leitura deve ultrapassar o espaço privado e ser incorporada à vida social, alcançando comunidades e escolas. Para ele, autores consagrados ao lado de estudantes podem difundir uma nova forma de pensar, permitindo que crianças e jovens reproduzam no ambiente escolar valores de diálogo e paz.
Durante a tarde, o público acompanhou as experiências e obras dos convidados, que relacionaram a literatura ao contexto social e às tensões contemporâneas. Entre os destaques, o jornalista e ex-deputado Emiliano José, imortal da Academia de Letras da Bahia, apresentou reflexões sobre sua obra dedicada ao ex-governador Waldir Pires, lançada em 2018. Segundo ele, relatar a trajetória de Waldir representou um “dever moral e político de resgatar uma vida inspiradora, marcada pela coerência, seriedade e compromisso democrático”.
Diversidade de obras apresentadas
O encontro reuniu escritores de diferentes áreas do conhecimento.
- Ederson Galeno apresentou o livro Empreendedorismo Imobiliário;
- Nelson Cerqueira abordou Ditadura Militar – Retrato e identidade de um jornalista;
- Nilo Belotto discutiu A arte de envelhecer;
- Ricardo Justo trouxe reflexões de Manual de gestão de conflitos;
- Taurino Araújo encerrou o evento com sua contribuição literária e crítica.
A trajetória de Taurino Araújo
Jurista, advogado formado pela UESC, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, poeta e crítico literário, Taurino Araújo é autor de obras como Hermenêutica da desigualdade: uma introdução às ciências jurídicas e sociais (2019), considerada por especialistas uma Epistemologia genuinamente brasileira, que rompe com o conceito de verdade absoluta quase um século após a Semana de Arte Moderna (1922).
Em 2025, o autor prepara o lançamento da coletânea Dançando no meio do inverno — 40 anos de poesia, que reúne poemas, sonetos e haikais. No ano passado, idealizou a obra Signos em Transe: uma Fortuna Crítica sobre a Semiótica de Lícia Soares de Souza, publicada com apoio da Academia de Letras da Bahia, CNPq e Uneb, reunindo 62 autores de sete países em textos escritos em cinco idiomas. A coletânea é abrangente e promove levantamentos semiológicos e etnográficos da Bahia das últimas décadas.
Cultura, memória e reconhecimento
Entre suas honrarias, Taurino Araújo recebeu a Comenda de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira (CBJM), a mais alta condecoração do Estado da Bahia. Suas obras transitam entre o direito, a literatura, a filosofia e a crítica cultural, reafirmando sua posição como uma das vozes intelectuais mais expressivas da contemporaneidade baiana.
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