Secretário estadual Felipe Freitas defende modelo de polícia cidadã e uso transparente de câmeras corporais em reunião com lideranças do Nordeste de Amaralina, em Salvador

Felipe Freitas defendeu nesta sexta-feira (10/10/2025) um modelo de polícia cidadã, pautado em transparência, escuta comunitária e prevenção à violência, durante reunião com lideranças do Nordeste de Amaralina, em Salvador. O encontro discutiu a ampliação do Programa Bahia pela Paz, o uso de câmeras corporais e a criação de um Comitê Comunitário de Segurança Pública, com foco na retomada da normalidade e na confiança entre Estado e comunidade.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, defendeu a construção de um modelo de polícia cidadã, o uso transparente de câmeras corporais e o fortalecimento de ações sociais no Nordeste de Amaralina, durante reunião de escuta com lideranças comunitárias realizada na Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O secretário Felipe Freitas participou, nesta sexta-feira (10/10/2025), da reunião de escuta das lideranças comunitárias do Nordeste de Amaralina, promovida pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP). O encontro buscou identificar as demandas locais e discutir estratégias conjuntas para o enfrentamento dos desafios de segurança pública na região, marcada por tensões recentes.

A iniciativa foi articulada pela Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e contou com a presença do subsecretário de Segurança Pública, Marcel Oliveira, do comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PMBA), coronel Antônio Magalhães, da deputada federal Lídice da Mata, do deputado federal João Bacelar e dos vereadores João Cláudio Bacelar e Sílvio Humberto.

Polícia cidadã, prevenção e transparência

Durante o encontro, Felipe Freitas defendeu uma mudança estrutural na lógica da segurança pública, com foco em prevenção da violência, ações integradas e escuta comunitária. Segundo o secretário, o Programa Bahia pela Paz será um dos instrumentos centrais de resposta do governo estadual ao diálogo com o território.

“Precisamos dar respostas rápidas ao problema instalado no Nordeste e pensar estratégias de policiamento para os próximos dias e até para as próximas horas, de modo a reduzir ao máximo as perturbações e instabilidades na região. É fundamental restabelecer o funcionamento das escolas, do transporte, dos postos de saúde e do comércio — enfim, a vida cotidiana dos moradores”, afirmou Freitas.

Ele ressaltou que a coordenação entre as Secretarias de governo e as forças policiais será essencial para garantir a retomada da normalidade e fortalecer a confiança entre Estado e comunidade.

Prioridade para câmeras corporais e controle social da segurança

Entre as propostas apresentadas pelas lideranças locais, destacaram-se a criação de um Comitê Comunitário da Segurança Pública, a instalação de câmeras corporais nos batalhões que atuam no território — tratada como alta prioridade — e o fortalecimento das ações sociais no Centro Social Urbano (CSU). Também foram mencionadas melhorias para o Beco da Cultura e demais ruas da comunidade.

Ao comentar as demandas, Felipe Freitas enfatizou que as câmeras corporais são fundamentais para o avanço de uma segurança pública democrática e transparente.

“Precisamos aprimorar cada vez mais o jeito que fazemos policiamento nas comunidades como um todo. Está entendido também que o tema das câmeras precisa ser acelerado por nós. Temos que reconhecer isso: acelerar a implantação, ampliar o índice de utilização, reforçar a fala pública sobre a importância desse instrumento e garantir transparência com as pessoas”, afirmou.

Escuta comunitária e fortalecimento institucional

A reunião consolidou o papel da escuta comunitária como instrumento de formulação de políticas públicas em territórios de alta vulnerabilidade social. Representantes de áreas como cultura, esporte, educação e assistência social trouxeram propostas que dialogam com o princípio da segurança cidadã, na qual o Estado atua de forma preventiva e colaborativa.

A articulação entre SJDH, SSP e Serin representa um esforço coordenado do governo baiano para enfrentar desafios de segurança urbana sem recorrer exclusivamente à repressão, apostando em mediação social, políticas públicas e tecnologia de monitoramento como eixos complementares.

Reconfigurar segurança pública

A reunião no Nordeste de Amaralina evidencia a tentativa do governo baiano de reconfigurar a política de segurança pública em direção a um modelo participativo, combinando prevenção, diálogo comunitário e tecnologia. No entanto, a efetividade dessa proposta dependerá da celeridade na execução das medidas anunciadas e da integração real entre forças policiais e secretarias civis. A experiência baiana pode servir de referência nacional, desde que mantenha transparência no uso das câmeras corporais, compromisso com os direitos humanos e continuidade nas ações sociais em áreas periféricas.


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