O deputado estadual Marcelino Galo (PT) afirmou nesta quinta-feira (23/10/2025) que a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil) representa “a pá de cal” nas pretensões eleitorais do ex-prefeito ACM Neto. Para o parlamentar, o desgaste acumulado na administração municipal — marcado por infraestrutura precária, serviços públicos ineficientes e ausência de planejamento urbano — sepultou as chances de Neto disputar novamente o governo da Bahia.
Segundo Galo, a população de Salvador enfrenta o reflexo de uma administração desarticulada e sem prioridades sociais.
“Buracos nas ruas, obras paradas, filas nos postos de saúde e uma cidade que se desfaz a cada chuva são o retrato do abandono. Bruno transformou Salvador numa cidade de papel — sem solidez, sem estrutura e sem cuidado com as pessoas”, declarou o deputado.
Crise na educação e impacto político
O parlamentar apontou que a crise na rede municipal de ensino reflete a fragilidade da gestão. Escolas com infraestrutura deteriorada, professores desmotivados e queda na qualidade do ensino básico são, segundo ele, sintomas de um modelo administrativo esgotado.
“Bruno Reis está deixando um legado de abandono, e isso recai diretamente sobre ACM Neto, que é o principal avalista desse projeto de poder”, acrescentou.
Além das críticas à capital, Galo destacou que ACM Neto perdeu influência política no interior da Bahia, sem obras ou projetos expressivos que sustentem sua imagem de gestor eficiente.
“As poucas ações realizadas em Salvador já foram esquecidas. Fora da capital, não há um único projeto relevante associado ao seu nome”, afirmou.
União Brasil sob questionamentos e crise de imagem
Em meio ao enfraquecimento político, o partido de ACM Neto, o União Brasil, enfrenta denúncias de envolvimento com facções criminosas, o que, segundo Galo, agrava o desgaste público. “O partido vive sob suspeita e sem rumo. Neto tenta se afastar, mas é o rosto e o símbolo dessa legenda em crise”, disse o deputado, em referência às investigações que associam figuras do partido a esquemas de corrupção e financiamento ilícito.
O parlamentar ironizou ainda o comportamento do ex-prefeito, que tem mantido intensa agenda de viagens.
“Hoje, ACM Neto vive como um turista blogueirinho, mais preocupado em posar para fotos do que em discutir os problemas reais da Bahia”, criticou.
Comparação com a gestão estadual
Em contraponto, Marcelino Galo elogiou o desempenho do governador Jerônimo Rodrigues (PT), destacando obras estruturantes e políticas públicas de impacto social. “Jerônimo é o oposto desse modelo de marketing vazio. Está investindo em contenção de encostas, requalificação urbana e infraestrutura em bairros vulneráveis às chuvas, tanto em Salvador quanto no interior. Ele dá continuidade ao trabalho iniciado por Jaques Wagner e Rui Costa, que resgatou a dignidade de milhares de famílias baianas”, declarou.
Para Galo, a comparação entre os modelos de gestão estadual e municipal evidencia a diferença de prioridades. Enquanto a administração estadual avança em políticas estruturantes, a prefeitura, segundo ele, “acumula promessas não cumpridas e um cotidiano de improvisos”.
Silêncio estratégico e incerteza eleitoral
O deputado avaliou que o silêncio de ACM Neto diante das críticas não é casual, mas estratégico.
“Ele sabe que não tem o que mostrar. Está em busca de uma boa desculpa para desistir mais uma vez da disputa. O eleitor baiano já entendeu quem governa e quem apenas faz cliques”, concluiu Galo.
Gestão municipal de Salvador
A leitura política apresentada por Marcelino Galo reforça uma percepção crescente no cenário baiano: a gestão municipal de Salvador tornou-se o principal passivo da oposição estadual. Enquanto Bruno Reis enfrenta desafios administrativos e críticas generalizadas, ACM Neto vê seu capital político se deteriorar por associação direta. Essa deterioração, somada à ascensão de Jerônimo Rodrigues e à reorganização do PT no interior, pode redefinir o equilíbrio de forças na Bahia para as eleições de 2026.
No campo institucional, o desgaste da prefeitura evidencia a necessidade de políticas urbanas integradas e planejamento metropolitano sustentável, ausentes no modelo atual, ainda centrado em marketing e obras pontuais.
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