Com o tema “Sindicalismo Forte, Campo Vivo, Brasil Soberano!”, o governador Jerônimo Rodrigues participou, nesta segunda-feira (27/10/2025), em Feira de Santana, da abertura do Encontro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag-BA). O evento é realizado em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e conta com apoio do Governo do Estado.
A programação, que segue até terça-feira (28), reúne lideranças sindicais, agricultores e representantes de movimentos sociais de diversas regiões da Bahia, com o objetivo de debater políticas públicas voltadas à agricultura familiar e à valorização do trabalho no campo.
Durante o discurso de abertura, Jerônimo destacou a importância de manter um diálogo permanente entre o poder público e os movimentos sociais rurais, ressaltando o papel da Fetag como parceira na execução de políticas públicas estruturantes.
“A minha origem é rural e a minha missão como governador é fortalecer o campo. Além de investir em infraestrutura — água, estradas e telefonia —, educação e saúde rurais, precisamos garantir que as instituições representativas continuem fortes. Estamos aqui para construir políticas públicas que deem sustentação ao futuro da agricultura familiar”, afirmou o governador.
Fetag-BA e o papel histórico do sindicalismo rural baiano
Com mais de 400 sindicatos filiados e presença em 18 territórios de identidade, a Fetag-BA é uma das entidades sindicais mais representativas do Nordeste. Com 62 anos de atuação, tornou-se referência na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais e na promoção de políticas de fortalecimento da agricultura familiar.
O presidente da entidade, José Luiz Oliveira, destacou o impacto social e econômico do setor e a importância da parceria com o Governo da Bahia:
“A Fetag Bahia, junto com o Governo do Estado, valoriza e quer ampliar a agricultura familiar, que traz benefícios para o campo e para a cidade. Afinal, se o campo não planta, a cidade não janta”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, reforçou a relevância do encontro e do diálogo com o movimento sindical:
“A Fetag é uma organização essencial para o fortalecimento da agricultura familiar e da organização social no campo. Ela cumpre um papel de mobilização e de construção de políticas que refletem o interesse coletivo dos agricultores baianos”, destacou.
Políticas públicas e sustentabilidade no centro das discussões
Durante os dois dias de evento, a programação inclui palestras, painéis e mesas de diálogo sobre crédito rural, sustentabilidade, acesso à terra, regularização fundiária e políticas de incentivo à produção agrícola. Também estão previstas discussões sobre os impactos das mudanças climáticas e os desafios da comercialização dos produtos agrícolas, temas considerados urgentes para a consolidação de um campo mais produtivo e sustentável.
O encontro reafirma o papel da Bahia como um dos principais polos da agricultura familiar no país, responsável por uma parte expressiva da produção de alimentos consumidos internamente e pela geração de emprego e renda em comunidades rurais.
Compromisso com o desenvolvimento regional e o diálogo social
A realização do evento em Feira de Santana — polo regional e logístico do interior baiano — simboliza o comprometimento do governo estadual com o desenvolvimento do semiárido e com o fortalecimento das organizações rurais. O município tem se consolidado como centro de encontros e debates sobre políticas públicas voltadas à sustentabilidade e à inclusão produtiva.
O Encontro da Fetag-BA, ao promover o intercâmbio entre governo, sindicatos e produtores, reforça a importância de manter o campo vivo e garantir a soberania alimentar como parte essencial do projeto de desenvolvimento baiano.
Visão integradora
O discurso do governador Jerônimo Rodrigues evidencia uma visão integradora entre Estado e sociedade civil organizada, numa tentativa de consolidar políticas estruturantes para o campo. O evento ocorre num contexto de revalorização da agricultura familiar como eixo estratégico da economia nacional, diante de desafios climáticos e logísticos. Entretanto, ainda persiste o desafio de transformar as diretrizes debatidas em ações concretas, especialmente no que diz respeito à regularização fundiária e ao acesso ao crédito rural, temas que há décadas ocupam a pauta sindical sem avanços proporcionais à sua relevância social.
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