O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a agenda econômica e social do governo federal foi estruturada para priorizar a maioria da população brasileira, com foco na redução das desigualdades, na ampliação da renda e no fortalecimento de políticas públicas nas áreas social e econômica. A declaração foi feita nesta quarta-feira (17/12/2025), durante a última reunião interministerial do ano, em balanço dos três primeiros anos de gestão.
Durante a reunião, Rui Costa sustentou que, especialmente na segunda fase do governo, houve uma definição clara de orientação política e social. Segundo o ministro, as decisões adotadas buscaram promover inclusão social, reduzir custos e aliviar a carga tributária sobre a maioria da população.
Em nota divulgada pelo governo federal, Rui Costa destacou que a atuação do Executivo esteve concentrada em corrigir distorções históricas e ampliar o acesso da população de baixa renda a benefícios econômicos e sociais. Para ele, o conjunto de políticas adotadas demonstra o alinhamento do governo com demandas estruturais do país.
Alívio tributário e crescimento da renda
Entre as principais medidas destacadas, o ministro citou a aprovação da política que zerou o Imposto de Renda para mais de 15 milhões de brasileiros com renda mensal de até R$ 5 mil. A iniciativa foi apresentada como um dos pilares do esforço para ampliar a renda disponível das famílias.
Rui Costa também apontou dados de crescimento da renda no período recente. Segundo ele, a renda per capita nacional cresceu cerca de 4,9%, enquanto, entre os mais pobres, o avanço foi significativamente maior, chegando a 13,2%.
De acordo com o ministro, os resultados sociais se refletem diretamente nos indicadores de pobreza. Entre 2022 e 2024, quase nove milhões de brasileiros deixaram a pobreza, enquanto mais de 13 milhões saíram da extrema pobreza, conforme os dados apresentados durante a reunião interministerial.
Redução histórica do desemprego
Outro ponto enfatizado por Rui Costa foi o desempenho do mercado de trabalho. Segundo o ministro, o país alcançou a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da pesquisa, com índice de 5,4%.
Ele destacou que o número de pessoas ocupadas no Brasil chegou a quase 103 milhões, considerando trabalhadores formais e informais, conforme dados referentes ao mês de outubro. Para o governo, esse resultado reflete a retomada da atividade econômica e a ampliação das oportunidades de trabalho.
Além do nível de ocupação, Rui Costa ressaltou o comportamento dos salários. De acordo com o ministro, o país registra a maior massa salarial média da história, com crescimento do salário real em torno de 8%, variando entre 23% e 25% no período analisado.
Programas de redução de custos essenciais
No campo da redução de despesas básicas das famílias, o ministro citou o programa Luz do Povo, que isenta do pagamento de energia elétrica cerca de 60 milhões de brasileiros inscritos no Bolsa Família e com consumo de até 80 quilowatts-hora.
Segundo Rui Costa, a política será ampliada a partir de janeiro, quando um novo benefício passará a atender 18 milhões de brasileiros com renda per capita entre meio e um salário mínimo, garantindo redução adicional nas contas de energia.
Outras iniciativas mencionadas foram o Gás do Povo, com previsão de alcançar mais de 15 milhões de famílias até março, e a CNH Social, criada para democratizar o acesso à habilitação para dirigir, ampliando oportunidades de inserção produtiva.
Avanços em saúde, educação e habitação
No balanço das políticas sociais, Rui Costa destacou a implementação do programa Agora Tem Especialistas, voltado à redução do tempo de espera por atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ministro, a iniciativa busca enfrentar gargalos históricos na atenção à saúde de média e alta complexidade.
Na área da educação, o ministro avaliou positivamente o desempenho do programa Pé-de-Meia, que já beneficia quase seis milhões de jovens com repasses de até R$ 3 mil ao longo dos três anos do ensino médio, como incentivo à permanência escolar.
Expansão do Minha Casa, Minha Vida
No setor habitacional, Rui Costa defendeu a nova versão do Minha Casa, Minha Vida, relançado em 2023. Segundo ele, a meta estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de contratar dois milhões de moradias em quatro anos foi atingida ainda em 2025.
Atualmente, o programa está presente em 4.764 municípios, com a entrega de chaves para 1,7 milhão de famílias nesta fase. A projeção apresentada pelo ministro é de alcançar três milhões de moradias contratadas até o próximo ano.
Narrativa oficial
O balanço apresentado por Rui Costa reforça a narrativa oficial de que o governo federal adotou uma estratégia deliberada de priorização social, combinando políticas de transferência de renda, estímulos ao emprego e redução de custos essenciais. Os dados divulgados apontam avanços relevantes em indicadores como pobreza, desemprego e renda, que tradicionalmente orientam avaliações de desempenho governamental.
No entanto, a leitura institucional desses resultados exige atenção às condições fiscais e à sustentabilidade de médio e longo prazo das políticas adotadas, especialmente em um contexto de pressão sobre as contas públicas e de necessidade de equilíbrio entre gasto social e responsabilidade fiscal.
Além disso, embora os números apresentados sejam positivos, permanecem desafios estruturais relacionados à produtividade, à informalidade persistente e à qualidade dos serviços públicos, fatores que continuam a influenciar a capacidade do país de transformar avanços conjunturais em ganhos duradouros de desenvolvimento.
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