Caso Faroeste: Advogados do delator Nelson Vígolo contestam Boletim de Ocorrência que registra invasão de terras no oeste da Bahia e atacam Liberdade de Imprensa exercida pelo Jornal Grande Bahia

Autenticidade do Boletim de Ocorrência nº 00035241/2021, lavrado em 19 de outubro de 2021, na delegacia territorial de Formosa do Rio Preto, foi confirmada por fonte do JGB e comprovante foi enviado ao veículo de comunicação.
Autenticidade do Boletim de Ocorrência nº 00035241/2021, lavrado em 19 de outubro de 2021, na delegacia territorial de Formosa do Rio Preto, foi confirmada por fonte do JGB e comprovante foi enviado ao veículo de comunicação.

Em nota, enviada nesta segunda-feira (26/10/2021) por Jailton Marques de Carvalho, diretor da Bravo Comunicação Estratégica, os advogados Rafael Carneiro e Mariana Rabelo — responsáveis pela defesa do delator do Caso Faroeste Nelson José Vígolo, diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária — contestam a matéria ‘Capítulo LVII do Caso Faroeste: Boletim de Ocorrência registra invasão de terras da antiga Fazenda São José e cita nome do delator Nelson José Vígolo e outros como autores; Fato ocorreu em 17 de outubro de 2021, em Formosa do Rio Preto’, publicada pelo Jornal Grande Bahia (JGB) em 22 de outubro de 2021.

Além de apresentar a versão própria sobre os fatos, os advogados atacam a Liberdade de Imprensa exercida pelo veículo de comunicação e mentem à opinião pública ao levantar dúvida por meio de suposição de que o documento publicado pelo JGB — Boletim de Ocorrência (BO) nº 00035241/2021, lavrado em 19 de outubro de 2021, na delegacia territorial de Formosa do Rio Preto — não é verdadeiro. Ocorre que o JGB confirmou a autenticidade do BO.

Por conseguinte, se existe alguém que falta com a verdade, ou, usando um termo escrito pelos próprios advogados — promove Fake News (Notícia Falsa) — são os defensores do colaborador da Justiça no Caso Faroeste e diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária, cuja Organização Criminosa (ORCRIM) compreende, segundo o Ministério Público Federal (MPF) nos termos da Ação Penal (APn) nº 953/DF, Júlio César, Sandra Inês Rusciolelli, Vasco Rusciolelli, Vanderlei Chilante e o próprio Nelson José Vígolo. Neste contexto, observa-se que de forma sui generis, para a literatura jurídica-policial, todos os cinco são criminosos confessos.

Em resposta a nota e a velada ameaça ao Jornal Grande Bahia nela contida, o veículo de comunicação acionou o Departamento Jurídico, informou sobre os fatos e avalia ingressar no Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil contra os defensores por atacarem a Liberdade de Imprensa, além de possivelmente informar a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a insidiosa atuação dos advogados, que fazem ilações sem provas contra o JGB e levantam suposição sobre documento oficial, demonstrando, com isso, a fragilidade dos argumentos. Observando que ao invés de defenderem o criminoso delator, atacam a Liberdade de Imprensa com mentiras, suposições e veladas ameaças. Atitudes típicas de quem se encontra em situação desesperadora.

Confira a seguir a íntegra da ‘Nota de esclarecimento’ enviada pela defesa de Nelson Vígolo

— É mentira que pessoas ligadas ao produtor rural Nelson José tenham invadido a fazenda Porto Limpo II, conforme divulgado pelo blog Jornal Grande Bahia com base num suposto boletim de ocorrência fornecido por fonte anônima.

— A defesa do produtor lembra que registrar boletim de ocorrência com base em informação falsa com o objetivo de prejudicar outras pessoas é crime. Da mesma forma, é crime se utilizar de informação falsa para produzir fake news e tumultuar processo judicial.

— Medidas legais estão sendo preparadas para que a Justiça adote as providências necessárias contra a organização criminosa que, mesmo com o avanço da Operação Faroeste, ameaça produtores, produz fake news e tenta criar embaraços às investigações criminais.

Rafael Carneiro e Mariana Rabelo, advogados do produtor Nelson José

Documentos comprovam

O Jornal Grande Bahia publica, em conjunto com essa matéria, dois documentos que comprovam:

A acusação do MPF na Ação Penal (APn) nº 953/DF contra Nelson José Vígolo e outros;

A condição de Colaborador da Justiça de Nelson José Vígolo, portanto, de criminoso confesso.

Sobre a Lei de Organizações Criminosas

Os delatores são criminosos confessos nos termos da Lei de Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013), cujo artigo 4º prescreve que a colaboração do arrependido deve ter um ou mais dos seguintes resultados:

I – a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas;

II – a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;

III – a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;

IV – a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa.

MPBA promoveu ação contra diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária

O delator Nelson José Vígolo é diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária. Ele foi alvo da 5º fase da Operação Faroeste, ocorrida em 24 de março de 2020, em fatos que o levaram a firmar acordo de Colaboração Premiada e que o conduziram a se tornar réu, em 12 de julho de 2021, através de ação criminal interposta pelo Ministério Público da Bahia, conforme narrado na matéria ‘MPBA denuncia juiz, advogados e empresário envolvidos no Caso Faroeste por corrupção e lavagem de dinheiro; Propina de R$ 1 milhão foi ajustada com magistrado para blindar Grupo Bom Jesus Agropecuária‘.

Baixe

Boletim de Ocorrência n° 00035241/2021 registra invasão da Fazenda Porto Limpo II, situada nas terras da antiga Fazenda São José, em Formosa do Rio Preto e cita nome do delator Nelson José Vígolo e outros como autores do fato

Acusação do MPF na Ação Penal (APn) nº 953/DF contra Nelson José Vígolo e outros

condição de Colaborador da Justiça de Nelson José Vígolo, portanto, de criminoso confesso.

Leia +

Capítulo LVII do Caso Faroeste: Boletim de Ocorrência registra invasão de terras da antiga Fazenda São José e cita nome do delator Nelson José Vígolo e outros como autores; Fato ocorreu em 17 de outubro de 2021, em Formosa do Rio Preto

MPBA denuncia juiz, advogados e empresário envolvidos no Caso Faroeste por corrupção e lavagem de dinheiro; Propina de R$ 1 milhão foi ajustada com magistrado para blindar Grupo Bom Jesus Agropecuária

Documentos comprovam a condição de criminoso confesso de Nelson José Vígolo, diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária, como membro da ORCRIM da desembargadora aposentada do TJBA e delatora Sandra Inês Rusciolelli.
Documentos comprovam a condição de criminoso confesso de Nelson José Vígolo, diretor do Grupo Bom Jesus Agropecuária, como membro da ORCRIM da desembargadora aposentada do TJBA e delatora Sandra Inês Rusciolelli.

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