Editorial | Quando o Estado adota a Doutrina Fascista: A quem recorrer? Clamor popular cresce contra Tribunais de Exceção e violações à democracia

Editorial analisa convergência entre doutrina fascista e usurpação da República.
Editorial analisa convergência entre doutrina fascista e usurpação da República.

Sun Tzu, nos escritos sobre a ‘Arte da Guerra’, ensina:

Se queres a paz, prepara-te para a guerra”.

O Brasil atravessa uma grave crise institucional, na qual a instrumentalização do Judiciário, aliada à atuação seletiva do Ministério Público e de setores da grande mídia, está consolidando um regime autoritário disfarçado sob o discurso de combate à corrupção.

A Força-tarefa do Caso Lava Jato, sob o comando de procuradores alinhados a interesses políticos e de um juiz cuja atuação extrapolava os limites constitucionais, implementou uma usurpação democrática. O objetivo central dessa estrutura de poder foi neutralizar adversários políticos e garantir a perpetuação de uma elite conservadora no controle do país.

Este editorial expõe como a violação dos direitos civis, associada a elementos do nazifascismo, serviu para devolver o poder à classe dominante, impedindo a ascensão de um pensamento progressista que poderia reduzir desigualdades históricas no Brasil.

A Desestabilização da República e a Construção da Farsa Midiática

A estratégia da chamada “República Fascista de Curitiba” (RFC) teve início antes mesmo das eleições de 2014, quando, por meio de vazamentos seletivos, tentou-se enfraquecer a candidatura de Dilma Rousseff e favorecer Aécio Neves.

A parceria entre o Judiciário partidarizado e a mídia hegemônica se tornou explícita quando a revista Veja divulgou, às vésperas da eleição, uma capa afirmando que Dilma e Lula eram líderes de um esquema criminoso.

A Justiça proibiu a circulação da edição, mas a manipulação já havia cumprido sua função: associar, sem provas, o Partido dos Trabalhadores (PT) a um grande esquema de corrupção. Essa tática foi inspirada na estratégia de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, que dizia:

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.”

O uso sistemático da desinformação foi essencial para a construção da imagem de um PT criminoso, preparando o terreno para o impeachment fraudulento de Dilma e a condenação sem provas de Lula.

Prisão e Violação de Direitos Humanos: O Caso Marcelo Odebrecht

A perseguição política da RFC foi além da manipulação midiática. A prisão do empresário Marcelo Odebrecht, ordenada pela Lava Jato, evidenciou a violação de direitos humanos fundamentais.

Odebrecht revelou que:

🔴 Foi obrigado a fornecer delações forçadas sob ameaça de penas severas;
🔴 Seus direitos civis foram violados, com divulgação ilegal de suas conversas privadas;
🔴 A Lava Jato não queria apenas investigar crimes financeiros, mas sim reorganizar o cenário político.

Mesmo diante dessas graves denúncias, a mídia hegemônica silenciou. Os veículos que apoiaram o Golpe de 1964Globo, Veja, Folha e Estadão – seguiram propagando fake news, sustentando a narrativa da purificação ética da política.

João Santana e a Hipocrisia da Perseguição ao Caixa 2

Outro caso emblemático foi o do publicitário João Santana, que revelou o duplo padrão da Lava Jato.

Preso em outra operação da RFC, Santana desmascarou a farsa:

📌 Caixa 2 era prática comum em todas as campanhas eleitorais, independentemente de partido;
📌 A Lava Jato escolheu criminalizar apenas o PT, ignorando crimes idênticos cometidos por outros partidos;
📌 A estrutura do Estado passou a funcionar como um instrumento de perseguição política.

O Caso Lula: A Criminalização da Maior Liderança Popular do Brasil

A condução coercitiva de Lula, sem qualquer justificativa legal, foi um marco do uso da Justiça como arma política.

A partir desse momento, três narrativas foram amplificadas para justificar sua condenação:

Guarda de bens da Presidência – Sem qualquer irregularidade, foi interpretada como crime;
Triplex no Guarujá – Um imóvel que nunca foi de Lula, mas serviu para forjar uma acusação;
Sítio de Atibaia – Propriedade de terceiros, mas utilizada como pretexto para condenação.

Essa estratégia foi essencial para impedir que Lula concorresse nas eleições de 2018, quando liderava todas as pesquisas.

A Violação do Estado de Direito e o Papel do STF

A violação do Estado de Direito atingiu seu ápice quando a Lava Jato interceptou ilegalmente conversas telefônicas da então presidente Dilma Rousseff e as divulgou na imprensa.

Esse crime teve como consequência direta a cassação de Lula como ministro e a intensificação do golpe parlamentar.

Mesmo ministros do STF, historicamente alinhados ao conservadorismo, começaram a demonstrar preocupação com os excessos da Lava Jato. O então Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a pedir cautela, mas foi ignorado pela força-tarefa.

O Golpe, o Governo Usurpador e o Futuro da Democracia

A queda de Dilma Rousseff não foi o fim do projeto fascista. Era necessário consolidar a dominação da elite, garantindo que Lula nunca mais voltasse ao poder.

Após dois anos de investigações, nenhuma prova concreta foi encontrada contra Lula. No entanto, a República Fascista de Curitiba ignorou os fatos e transformou convicções ideológicas em condenações judiciais.

O conceito de “Direito Penal do Inimigo”, que justifica a condenação sem provas, foi adotado para garantir que Lula fosse retirado das eleições de 2018.

Conclusão: O Fascismo no Estado Brasileiro

O avanço do fascismo estatal no Brasil seguiu um roteiro já visto em regimes autoritários:

📌 Manipulação da Justiça para perseguir adversários políticos;
📌 Vazamentos seletivos para influenciar a opinião pública;
📌 Criminalização de líderes populares para impedir sua ascensão;
📌 Apoio midiático para consolidar narrativas falsas.

O Brasil se encontra diante de um dilema: ou enfrenta o avanço do fascismo, ou aceita sua transformação em um Estado autoritário, no qual a Justiça serve apenas aos interesses das elites.

Denúncia Internacional

O Jornal Grande Bahia, por meio do jornalista e cientista social Carlos Augusto, notificará a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e a ONU sobre a escalada do fascismo estatal no Brasil e a violação da Cláusula Democrática.


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