A crise política instalada com a mudança na chapa majoritária definida pelo PT da Bahia para disputar as Eleições 2022 está longe do fim e pode ter ocasionado um efeito reverso ao pensado pelos aliados de ACM Neto (União Brasil), pré-candidato a governador.
Nesta terça-feira (15/04/2022), no município de Almadina, ao discursar, o governador Rui Costa (PT) respondeu severamente ao vice-governador João Leão (PP) e aos aliados da direita e extrema-direita que acompanharam o pepista no ato de ruptura com a gestão estadual e em apoio à ACM Neto, anunciados no dia anterior (14).
“Eu sou grato ao nosso povo pelo mandato que nos concedeu, que vai até o dia 31 de dezembro de 2022 e ninguém, a pretexto algum, pode colocar a faca no meu pescoço e pedir para que eu abra a mão do meu mandato”, afirmou.
O governador Rui Costa deixa subentendido que o motivo da ruptura do PP com a base governista do PT foi o desejo de João Leão e correligionários em administrar o estado através da renúncia do petista. Fato que não ocorreu.
A declaração de Rui Costa pode ser lida, também, como um grito de guerra em defesa das candidaturas de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia e Otto Alencar (PSD) na reeleição ao Senado Federal.
Não obstante, durante o ato de anúncio de investimentos de R$ 25 milhões em Almadina, o governador recebeu o apoio de diversos prefeitos filiados ao PP. Vários deles recordam que a classe política da Bahia ainda ressente como era tratada com “chicote” na época em que o avô de ACM Neto mandava na política estadual.
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