Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco | Por Luiz Holanda

A advogada Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco atuou como desembargadora e presidente do TRT de Sergipe.
A advogada Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco atuou como desembargadora e presidente do TRT de Sergipe.

O almoço promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), no Restaurante Escola Senac, na Casa do Comércio, ocorrido nesta última sexta-feira (27/05/2022), em homenagem ao Procurador-Geral da República e Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Augusto Aras,  contou com a presença de várias autoridades, mas os destaques foram para duas desembargadoras: Maria de Fátima Silva Carvalho, presidente do Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça da Bahia e Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco, desembargadora do Trabalho aposentada.

 Suzane estava acompanhado do seu esposo, desembargador Nilson Castelo Branco, atual presidente do TJ/BA. Também presentes estavam o diretor da Fecomércio, Carlos de Souza Andrade; o diretor em Exercício do SENAC, Luís Carlos; o diretor do SESC, José Carlos Boulhosa e o desembargador Baltazar Miranda Saraiva, presidente da Comissão de Segurança do mesmo tribunal.

A desembargadora Suzane, que gentilmente afirma ser minha assídua leitora, geralmente me cobre de elogios, que transcendem -em muito-, minhas naturais limitações. Também nos liga o fato de eu ter sido professor de seu filho na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Salvador-UCSAL, o que me traz muitas lembranças e outros traços de recordações.

O Presidente do TJ/BA, Desembargador Nilson Soares Castelo Branco, ao saudar o homenageado, fez questão de enaltecer as qualidades do seu antigo sócio na advocacia, distinguindo o trabalho por ele desenvolvido a nível nacional, reconhecido pelo expressivo desempenho no exercício de sua função na chefia da PGR.

No que se refere às magistradas, o perfil sociodemográfico dos juízes brasileiros, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2018, e na nota técnica sobre a Justiça Federal produzida pela Comissão das Mulheres da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em 2019, referente à participação feminina na magistratura, ficou demonstrado  o favorecimento do percurso dos homens em um ambiente receptivo, dificultando o acesso das mulheres na magistratura, que precisam  de maior esforço  para alcançar o sucesso.

Apesar dessas diferenças, muitas delas se sobressaem na magistratura nacional. Conseguem superar a “supremacia” dos homens para galgar os altos postos da carreira. Não é sem razão, pois, que o número de mulheres nas profissões jurídicas tem sido objeto de uma vasta revisão bibliográfica, sobretudo internacional. Sua ascensão a carreiras relacionadas com a administração da Justiça contribuiu para elevar o status social que a sociedade, geralmente,  lhes negava.

Sob a justificativa de que o contraste de gênero no mundo profissional é construído por meio da distribuição desigual de privilégios e desvantagens a partir de um viés implícito, as mulheres, principalmente em nosso país, sempre sofreram algumas restrições. Mas mulheres como Suzane fizeram a diferença.  O sucesso e o instante de brilho criado em em suas contexturas profissionais a projetaram na carreira.

Formada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia-UFBA e pós-graduada pela mesma instituição, tornou-se desembargadora federal do Trabalho e foi presidente do Tribunal do Trabalho da 20ª Região, em Sergipe., eleita por aclamação. Baiana de Salvador, iniciou a carreira de magistrada como juíza substituta, diplomando-se em 1978. Foi vice-presidente e corregedora do TRT/20 tendo integrado várias comissões de concurso para o ingresso na carreira de magistrado. Inteligente, culta e competente, fala fluentemente inglês, francês, italiano e espanhol, tendo recebido, em 1993, o diploma superior na lingua hispânica conferido pelo Ministério de Educação e Ciência do Reino de Espanha, segundo avaliação da Universidade de Salamanca. Atualmente Suzane vive para a família em Salvador, a cidade das flores, sempre feliz, cercada de amigas comemorando suas primaveras.

*Luiz Holanda, advogado e professor universitário.

Em 12 de dezembro de 2008, a então desembargadora Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco transmitia o cargo de presidente do TRT de Sergipe para a desembargadora Maria das Graças Monteiro Melo.
Em 12 de dezembro de 2008, a então desembargadora Suzane Faillace Lacerda Castelo Branco transmitia o cargo de presidente do TRT de Sergipe para a desembargadora Maria das Graças Monteiro Melo.

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