Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques depõe à Polícia Federal em Brasília

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, depõe à Polícia Federal em Brasília após ser preso preventivamente na Operação Constituição Cidadã.
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, depõe à Polícia Federal em Brasília após ser preso preventivamente na Operação Constituição Cidadã.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (10/08/2023) em Brasília, após ser preso preventivamente no âmbito da Operação Constituição Cidadã. Conduzido em uma viatura da própria PF, Vasques chegou ao edifício-sede da corporação na região central da capital por volta das 14h.

Vasques, que possui uma longa trajetória como servidor de carreira da PRF desde 1995, é suspeito, juntamente com outros agentes públicos, de tentar interferir no processo eleitoral durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo informações obtidas da PF, ele teria autorizado bloqueios rodoviários em estradas da Região Nordeste, com o propósito de dificultar o trânsito de eleitores onde, de acordo com pesquisas, o então candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva liderava as intenções de voto.

A prisão preventiva de Vasques ocorreu em Florianópolis no dia anterior, quando também tiveram seus telefones celulares, computadores e passaporte apreendidos. Após ser transferido para Brasília em um avião da própria PF, ele passou a noite na superintendência da corporação, a cerca de 10 quilômetros do prédio onde prestou depoimento.

Além disso, o subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, tomou uma iniciativa relacionada à aposentadoria de Vasques. O subprocurador solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que avalie a legalidade da concessão da aposentadoria ao ex-diretor-geral da PRF. Furtado levanta a possibilidade de existirem “indícios de irregularidades na referida concessão” e pede que o benefício seja anulado.

Vasques, nomeado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, comandou a PRF entre abril de 2021 e dezembro de 2002. Sua aposentadoria, que ocorreu três dias após ser exonerado do cargo, agora está sob escrutínio devido às suspeitas de irregularidades.

O ex-diretor da PRF é alvo de três processos administrativos relacionados à suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022 e da apuração criminal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), embasando a Operação Constituição Cidadã.

O julgamento sobre a legalidade da aposentadoria de Vasques, bem como as investigações em torno das suspeitas de interferência nas eleições, continua a gerar atenção e especulação. O país agora aguarda a conclusão das apurações e os desdobramentos legais que resultarão desses processos. O caso lança luz sobre a necessidade de uma gestão ética e transparente no serviço público, garantindo a integridade das instituições e a confiança da população.

*Com informações da Agência Brasil.


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